Compartilhamento de talentos entre empresas pode ser a solução para escassez de profissionais

Imagine que você é um(a) CEO que lidera uma empresa no setor de tecnologia. Seu maior desafio não é a concorrência ou os avanços tecnológicos, mas a crescente escassez de talentos qualificados no mercado. Apesar da sua disposição em escalar o negócio, encontrar um profissional com as habilidades necessárias está mais complicado que achar agulha em palheiro. Qual seria a solução?

Essa é a realidade vivenciada em muitas companhias. Conforme uma pesquisa realizada pelo ManpowerGroup, sobre a escassez de talentos, 80% dos empregadores do Brasil encontraram dificuldades para recrutar os profissionais que precisavam em 2023. 

E o sinal amarelo continua acesso para os diretores e gestores de RH: a falta de profissionais qualificados deve permanecer para os próximos anos. A crise no recrutamento cresceu tanto que está afetando a qualidade, quantidade e prazos dos trabalhos. Para não travar os projetos, o restante do time fica sobrecarregado, e líderes se  veem na necessidade de promover colaboradores sem qualificação para determinada função.  

Uma alternativa viável para o desafio são as soluções flexíveis, uma tendência que impulsiona a adoção de um sistema de “nuvem” compartilhadas de talentos. Para Luciana Carvalho, CEO da Chiefs.Group — HRtech pioneira em Open Talent Economy no Brasil —, cada profissional carrega um acúmulo de características, como habilidades, comportamentos, interesses e técnicas, por exemplo, que moldam sua personalidade, o fazendo ser único no mercado de trabalho. “É praticamente impossível achar duas pessoas com a mesma experiência exata, mas é comum que empresas passem por desafios similares. Acessar esse talento que sabe como resolver o problema é o que assegura competitividade no mercado”, diz. 

Esse foi, inclusive, um dos temas debatidos na reunião anual do Fórum Econômico Mundial para 2024, em Davos. Segundo a publicação da McKinsey, dentre os dez principais aprendizados do encontro está a combinação de melhores profissionais com os cargos de maior valor, uma vez que de 20% a 30% das funções críticas não são preenchidas pelas pessoas mais adequadas. Por isso, a executiva explica que o Open Talent não fala sobre ligar pessoas às empresas, mas sim de conectar habilidades às demandas. Essa perspectiva permite que as companhias façam parte de uma rede de talentos, rompendo barreiras geográficas e de conhecimento. 

Ela esclarece que, com a escassez de profissionais qualificados, muitos executivos estão optando por capacitar os colaboradores internos. “Acho isso incrível e necessário, mas esse desenvolvimento pode ser potencializado com o Open Talent. Se eu contratar um CMO especializado em reposicionamento digital de grandes marcas para conduzir um projeto por um período de tempo, vou estar agilizando o aprendizado do meu gerente de marketing, que pode absorver o conhecimento e habilidades necessárias para manter o que foi estruturado e assumir o cargo c-level posteriormente.”

Contudo, para que essa nuvem compartilhada de talentos seja cada vez mais real e palpável, a mentalidade corporativa ainda tem um caminho de evolução a ser trilhado. A abordagem defende que a capacidade intelectual manifestada em habilidades seja o único ponto a ser valorizado. Em outras palavras, a entrega de resultados vale mais do que a quantidade de horas exercidas para aquela empresa. 

“A mentalidade de ter o controle do talento do seu colaborador deve acabar. Se você expande sua mente para as evoluções, diminui as chances de perder um talento importante que já estava em casa”, desenvolve Luciana.

A abordagem do Open Talent está crescendo tanto que de acordo com um relatório feito pela Future Market Insights, esse mercado deve atingir a impressionante marca de US$ 1,1 bilhão até 2032. 

Fonte: Assessoria de Imprensa

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