O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M/FGV) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), amplamente utilizado na locação de imóveis, registrou queda de 0,95% em abril de 2023. Com esse resultado, o indicador acumulou retração de 0,75% nos primeiros quatro meses do ano. “Foi o maior recuo, para um primeiro quadrimestre do ano desde 2009 (-1,07%)”, destacou a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
De maio de 2022 a abril de 2023, o IGP-M também registrou deflação de 2,17%, o que correspondeu ao maior recuo para um período de 12 meses, desde o início do Real, em 1994. Além disso, segundo Vasconcelos, desde fevereiro de 2018 o indicador não apresentava variação negativa para um período de 12 meses.
O IGP-M é composto pelos indicadores: Índice de Preços ao Produtor Amplo – IPA, que responde por 60% do índice geral, o Índice de Preços ao Consumidor – IPC (30%) e o Índice Nacional de Custo da Construção – INCC (10%).
O INCC-M apresentou alta de 0,23%. Em abril os custos com materiais, equipamentos e serviços e com a mão de obra registraram a mesma variação: 0,23%. Dentro do INCC-M as maiores influências positivas foram: tubo e conexões de PVC (4,20%), ajudante especializado (0,25%), elevador (0,63%), refeição pronta no local de trabalho (1,47%) e metais para instalações hidráulicas (0,90%).
O recuo registrado pelo IGP-M sofreu influência direta da redução dos preços de importantes commodities.
A pesquisa Focus, divulgada semanalmente pelo Banco Central, em sua edição de 20/04/23, estimou que o IGP-M encerrará 2023 com alta de 3,03%, variação bem inferior a aguardada para a inflação oficial do País, que é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A estimativa do referido levantamento é que o IPCA apresentará aumento de 6,04% neste ano.
Acesse íntegra de análise sobre o assunto no Informativo Econômico da CBIC.
Fonte: CBIC
Leia em
Nova legislação dispensa uso de proteção individual contra queda em alturas