Quiet ambition: tendência da geração Z preocupa empresários, pois não se busca “realização pela realização”

O que é quiet ambition e quiet quitting?

Basicamente quiet quitting é fazer apenas o necessário. Aquilo pelo qual o funcionário foi contratado para fazer. Evitar horas extras, não trabalhar além do necessário e sempre ir embora (caso seja presencial) no fim do expediente.

Quiet ambition é focar na vida vida pessoal em vez da vida na empresa. Dificilmente os dois comportamentos estão separados, mas aqui estamos falando de não almejar um cargo mais alto, não se esforçar para crescer no ambiente de trabalho e, em alguns casos, até negar uma promoção.

Segundo a Forbes, muitos funcionários estão reorientando suas vidas com foco no pessoal. Isto é, saúde, família, lazer, etc. Deixando a “vida empresarial” em segundo plano, sem ambições de subir de cargo e, portanto, não trabalham além do necessário.

Empresas são afetadas por este comportamento

É claro que isso ocorre em todas as idades e cargos, mas a geração Z o faz com mais frequência, seguido pelos Millenials. Segundo um estudo da Visier, isto causa um problema na escala corporativa. Os jovens não querem a “realização pela realização”.

Visier entrevistou cerca de 1.000 funcionários e apenas 4% tinham interesse em avançar para um cargo executivo. Apenas 38% desejavam se tornar gestores em suas respectivas áreas.

Ambições dos funcionários

  1. Passar tempo com família e amigos: 67%
  2. Estar saudável física e mentalmente: 64%
  3. Viajar : 58%
  4. Conseguir um aumento: 54%
  5. Fazer os hobbies bem: 29%
  6. Trabalhar em uma empresa que oferece flexibilidade: 29%
  7. Conseguir uma promoção no trabalho: 23%
  8. Construir uma família: 22%
  9. Fazer trabalho voluntário para uma boa causa: 20%
  10. Começar próprio negócio: 15%
  11. Se tornar gestor: 9%
  12. Se tornar um executivo da empresa: 4%

Ou seja, os cargos mais altos em empresas não são almejados como antes, mas sim focar na vida pessoal (quiet ambition). Atualmente não se almeja mais crescer como antes, mas ter o próprio negócio ou ir para outro lugar costuma estar nas prioridades.

Qual seria o principal motivo?

Felizmente o estudo também questionou o que faria os funcionários quererem assumir um bom cargo bom e crescer na empresa e a principal resposta foi um bom pagamento.

Principais motivos para querer crescer (se tornar gestor)

  1. Melhor remuneração: 71%
  2. Melhores benefícios: 45%
  3. Mais oportunidades de crescimento na carreira: 26%
  4. A capacidade de influenciar a direção e o sucesso da equipe: 22%
  5. Maior flexibilidade e autonomia: 20%
  6. Treinamento e suporte de liderança: 18%
  7. Trabalho menos orientado para tarefas: 12%
  8. Nenhuma das opções acima: 12%
  9. Prestígio e status pessoal: 10%

De modo geral, os funcionários buscam melhor remuneração para que se esforcem mais. Como isto não acontece com frequência, os jovens estão deixando de se empenhar para focar em suas vidas pessoais.

Um estudo da Harvard Business Review afirma que é preciso ter uma visão positiva da empresa, futuro e o que o local pode oferecer. Muito esforço sem recompensa gera desânimo. Outras pesquisas também afirmam que o ambiente precisa ensinar e entreter, mas o salário sempre assume o primeiro lugar nesse aspecto.

Fonte: IGN Brasil

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