A ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulgou no dia 15 de junho a nova edição do Índice ABRAMAT, pesquisa elaborada pela FGV com os dados projetados do faturamento do setor em maio. O destaque da edição é o crescimento de 35,8% no faturamento da indústria de materiais de construção em relação a maio de 2020, quando o país ainda enfrentava os primeiros reflexos da pandemia e a produção industrial sentia os seus impactos. A comparação entre os resultados de maio de 2021 ante abril de 2021 indicou queda de 0,5% no faturamento do segmento.
A nova edição da pesquisa também aponta os dados consolidados de abril de 2021. No período, a indústria de materiais de construção teve faturamento 66,4% maior que o observado em abril de 2020. Com o resultado consolidado, o crescimento acumulado no ano pelo setor atingiu a marca de 27,1% na comparação com o mesmo período de 2020.
A atual edição do Índice também sinaliza que a previsão para 2021 foi mantida. A expectativa é que haja crescimento de 4% no faturamento total deflacionado dos materiais de construção em relação ao ano passado. “Os meses de março, abril e maio do ano passado foram os de maior impacto da pandemia sobre a produção industrial, sendo assim a magnitude dos resultados apresentados nesse trimestre se justifica pela base de comparação excepcionalmente reprimida desse mesmo período em 2020. A tendência é que esse viés se amenize nas próximas edições do nosso indicador, nos permitindo mensurar de forma mais precisa o desempenho do setor até aqui e, posteriormente, revisar ou não nossa expectativa para o encerramento de 2021. Feita essa ressalva, o resultado positivo de maio de 2021 é um indício de que muito provavelmente a indústria de materiais de construção chegará a um crescimento significativo este ano, podendo até superar a estimativa inicial de 4% feita em janeiro. Importante reiterar que o setor depende de muitas externalidades para o seu crescimento sustentável. Como exemplos, destacamos a aceleração da tramitação no Congresso das pautas de reformas estruturantes, de redução do Custo Brasil e de simplificação do ambiente de negócios; a busca conjunta por todos os elos da cadeia da construção de medidas e ações que possam ajudar na redução de custos das matérias-primas, a efetiva retomada das obras de infraestrutura, além da necessidade de intensificar o ritmo da vacinação em todo país”, explica Rodrigo Navarro.
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