Covid-19: alta transmissibilidade das variantes preocupa construção civil

Os casos confirmados de contaminação pela Covid-19 nos canteiros de obras do Estado de São Paulo caíram de 0,50% para 0,23% do contingente de trabalhadores. Os casos suspeitos mantiveram-se estáveis, em 0,55%. Os dados são 47ª Pesquisa ‘Conhecendo as Ações das Construtoras Paulistas no Combate à Covid-19’, realizada semanalmente pelo Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo (Seconci-SP).

Entre as empresas pesquisadas, os casos de internação hospitalar mantiveram-se em três. Registraram-se mais dois óbitos, um deles ocorrido em março e só relatado nesta pesquisa. Com isso, sobe para seis o número de mortos entre as empresas, desde o início da pesquisa, em 1/5/2020.

Alta transmissibilidade das variantes em meio à crise hospitalar

Os presidentes do SindusCon-SP, Odair Senra, e do Seconci-SP, Haruo Ishikawa, manifestam preocupação com a alta transmissibilidade das variantes do coronavírus, em meio à crise sanitária da insuficiência de leitos hospitalares e da escassez de oxigênio e medicamentos para intubação.

“As empresas devem reafirmar cuidados como o uso de duas máscaras no trajeto, lavagem frequente das mãos e distanciamento social. Precisam recomendar aos trabalhadores que adotem essas medidas em suas residências, onde se registra muita circulação de familiares. E devem repor máscaras utilizadas, reforçando também as instruções para seu uso correto”, afirmam Senra e Ishikawa.

Nesta 47ª rodada, foram obtidas respostas de 50 empresas, responsáveis por 567 obras, envolvendo 37.340 empregos diretos e terceirizados, de 8 a 14 de abril.

Principais resultados da 47ª Pesquisa:

  • 0,55% afastados por suspeita de Covid-19;
  • 0,23% afastados por confirmação da doença;
  • 566 obras em andamento e 1 parada;
  • 98% do pessoal estão em atividade;
  • 100% das empresas adotam medição de temperatura e higienização das mãos, dão orientações diárias sobre prevenção, e higienizam e realizam demarcações em áreas de vivência;
  • 98% orientam sobre limpeza dos Equipamentos de Proteção Individual e afixam informativos impressos sobre a Covid-19 nos locais de circulação;
  • 94% fornecem máscaras para o transporte e para utilização na obra e realizam limpeza de EPIs e ferramentas e instituem horários escalonados para entrada, saída e refeições;
  • 88% realizam outras práticas para a prevenção da contaminação entre os trabalhadores e a comunidade.
  • 85% divulgam aos trabalhadores cartazes e vídeos de orientação do SindusCon-SP e do Seconci-SP;
  • 81% distribuem informativos eletrônicos sobre a Covid-19.

Os presidentes do SindusCon-SP e do Seconci-SP reafirmam o convite para mais empresas com obras no Estado de São Paulo participarem das próximas rodadas; basta enviar um e-mail para pesquisacovid-19@seconci-sp.org.br e o Seconci-SP entrará em contato para incluir a construtora na enquete. As entidades garantem sigilo absoluto sobre as informações prestadas.

Fonte: CBIC

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