O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE cai 1,3 ponto em fevereiro, para 84,5 pontos, menor nível desde agosto de 2022 (83,6 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice cai pelo terceiro mês consecutivo ao recuar 0,3 ponto, para 86,1 pontos.
“A confiança dos consumidores cai pelo segundo mês consecutivo. No geral há uma percepção de piora da situação atual, que é mais percebida pelas famílias de menor poder aquisitivo. As perspectivas ainda são cautelosas, apesar dos consumidores ainda serem otimistas em relação ao mercado de trabalho, o que parece ter sustentado as perspectivas sobre economia e emprego com indicadores acima dos 100 pontos. O contexto econômico das famílias se altera pouco: maior endividamento, taxas de juros elevadas, desaceleração da atividade econômica e a elevada incerteza devem manter a confiança em patamares baixos em 2023.”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.
Em fevereiro, a diminuição da confiança foi influenciada pela piora das avaliações sobre o momento e das perspectivas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) recuou 1,8 ponto, para 69,3 pontos, o pior resultado desde maio de 2022 (69,1 pontos), enquanto o Índice de Expectativas (IE) cedeu pelo segundo mês consecutivo ao cair 0,9 ponto, para 95,8 pontos.
Entre os quesitos que compõem o ICC, o indicador que mede a percepção sobre a situação financeira das famílias foi o que mais influenciou a queda no mês ao cair 5,6 pontos, para 58,8 pontos, pior resultado desde março de 2022 (56,9 pontos). Em contrapartida, houve ligeira melhora das avaliações sobre a situação econômica, o indicador subiu 2,0 pontos, para 80,3 pontos. No entanto, ambos se mantêm distantes do nível neutro.
Com relação às expectativas, houve queda da intenção de compras e das perspectivas sobre economia. O indicador que mede o ímpeto de consumo de bens duráveis caiu 2,7 pontos para 76,9 pontos, menor desde julho de 2022 (67,7 pontos). Enquanto o indicador que mede o otimismo em relação a situação econômica recuou 1,2 ponto para 112,2 pontos, respectivamente.
A análise por faixa de rendas mostra perda de confiança em todos os níveis de renda exceto para as famílias com maior poder aquisitivo (acima de R$ 9.600) influenciada pelas expectativas. Apesar da alta todas permanecem abaixo do nível de 90 pontos.
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Fonte: Portal Ibre
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