Aluguel de máquinas cresce 10% no Paraná

Comprar uma furadeira ou ferramenta para uso esporádico deixou de ser interessante para as pessoas. Hoje a tendência é o compartilhamento e a experiência de uso e não necessariamente a propriedade de um produto. Com isso, a locação de máquinas tem crescido no Paraná nos últimos anos, impulsionando mercado para empresas de micro, pequeno e médio portes alugarem uma vasta linha de equipamentos, desde os portáteis para obras e manutenções residenciais, até os mais pesados, como máquinas de grande porte para construção civil, saneamento e construção rodoviária.

De acordo com a Analoc Sul – Associação Representante das Empresas Locadoras de  Equipamentos, Máquinas e Ferramentas dos Estados de SC, PR e RS, o mercado de aluguel de equipamentos para construção cresceu 10% no estado do Paraná, a partir de 2021, período em que houve um aumento considerável de novas empresas atuando na atividade.

Diante desse cenário, será realizada em Curitiba, de 12 a 14 de julho, a 1ª Analoc Rental Show, evento que vai promover um verdadeiro megaencontro de locação, com exposição de equipamentos e congresso, onde locadores de toda a Região Sul e do Brasil poderão estar frente a frente com os fabricantes, fazer networking com empresas contratantes e se atualizar diante dos principais temas do seu mercado de atuação.

Em paralelo à feira, acontecem o 9º Congresso Nacional de Valorização do Rental e o 4º Encontro Locadores BR, duas importantes conferências do calendário de atrações. Dessa maneira, a Analoc Rental Show movimentará todo o ecossistema do locador, num ambiente onde será possível estreitar relações, gerar negócios, conhecer tecnologias, obter condições especiais de compra, além de participar de palestras gratuitas.

Paraná lidera em locação no Sul

Quando a Analoc Sul foi fundada, em 2020, contava com 13 locadoras associadas. “Hoje já são 32, com várias outras empresas buscando informações e interessadas nessa área de atuação”, conta o presidente da entidade no Sul, Evaldir Theurer. De acordo com ele, o Paraná é o estado com maior representatividade no aluguel de máquinas em toda a Região Sul, seguido pelo Rio Grande do Sul em segundo lugar e Santa Catarina em terceiro.

Florisvaldo José dos Santos, proprietário da AAPA Comércio de Peças, Equipamentos e Locações, acrescenta que antes da pandemia de Covid-19 o mercado de locação no Paraná era mais focado em grandes obras de saneamento, barragens, obras de arte e energia elétrica. “Durante a pandemia o setor de locação continuou aquecido, embora tenha dado uma encolhida em relação às obras de grande porte. Hoje estamos atuando em construções de menor porte, reformas, demolições de pequena indústria e contratos privados”, diz.

De acordo com ele, as obras maiores já estão prestes a ser retomadas no estado, como construção de pedágios, Ponte do Guaratuba, além de outros projetos particulares que vão demandar ainda mais a locação de equipamentos. “O governo anunciou investimentos de R$ 3,4 bilhões em obras públicas, como duplicação de rodovias, pavimentação, construção de viadutos e passarelas na Grande Curitiba. Também estão sendo feitos investimentos de aproximadamente R$ 1,3 bilhão em uma fábrica de pneus”, informa.

O crescimento do setor de aluguel de máquinas e ferramentas segue em consonância com a realidade desse mercado no Brasil. Os números obtidos pela Analoc junto à Receita Federal mostram que o setor de rental conta com aproximadamente 40.100 empresas em todo o país, que movimentam R$ 28 bilhões em negócios.

O presidente nacional da Analoc, José Antônio Miranda, observa que o aumento na quantidade de locadoras é recorrente, o que muda é a intensidade. “Em mais de 80%, o setor é formado por micro e pequenas empresas, e microempreendedores individuais (MEI). Quando o mercado está mais comprador, mais empresas surgem, ou seja, tudo está interligado ao sucesso da economia”, diz.

A expressividade do rental também tem sido decisiva para alterar o fluxo das vendas por parte da indústria de máquinas. Ou seja, antes o grande volume comercializado pelas fábricas era comercializado diretamente com os consumidores finais e empresas do ramo da construção, mas hoje cerca de 90 a 95% de alguns tipos de equipamentos são adquiridos por empresas de locação.

De acordo com a Analoc, as empresas de locação já compram de 90 a 95% de gruas, guindastes e plataformas de trabalho aéreo; de 70 a 80% de torres de iluminação; 65 a 75% de betoneiras e de 55 a 60% de geradores de energia.

Congresso de Valorização do Rental

Durante a feira, acontece o 9º Congresso Nacional de Valorização do Rental, que é gratuito e compartilhará informações importantes para locadores e pessoas interessadas em ingressar nesse mercado. O intuito é dar ênfase à atualização empresarial, estreitamento de relações e interatividade com as demais empresas do mercado.

Além disso, será realizado o 4º Encontro Locadores BR, que promoverá interatividade entre o público participante, palestrantes, geração de ideias, networking e dará enfoque aos interesses do locador de equipamentos.

“O grupo Locadores BR tem sempre o propósito de disseminar informação de qualidade. O congresso será uma oportunidade de fazer a conexão dos interesses do locador com a fonte de informação, propiciando uma experiência completa de debate”, informa o CEO da Sisloc Softwares, Leônidas Ferreira, conhecido como Leo, organizador do grupo.

Clique aqui para acessar o formulário de inscrição e ver a grande de palestras do congresso. As inscrições são gratuitas.

Saiba mais: https://analocrentalshow.com.br/

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