Dados do Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), divulgados em 08 de junho pela Fundação Getulio Vargas (FGV), indicam um crescimento superior a 15% no setor de construção civil, no acumulado dos últimos 12 meses, o maior para o período desde novembro de 2003.
Segundo Martins, os preços internacionais dos insumos, como aço e cobre, estão acima do normal, e o Brasil tem travas que dificultam a importação, com altos tributos e barreiras técnicas. “Fica difícil até de saber se esses preços praticados são verdadeiros ou não”, diz.
Apesar da aceleração da construção civil no ano passado, a alta no preço pode causar redução das atividades, com queda de lançamentos e ofertas de imóveis, além de comprometer contratos já firmados, diz Martins.
Aumento no custo da construção não dá trégua
Em maio/2021, o INCC aumentou 2,22%. De janeiro a maio de 2021, o índice acumulou 7,41%, a maior alta para o período desde 2003. De junho/2020 a maio/2021 o incremento registrado foi de 15,26%.
O custo com a mão de obra apresentou alta de 1,92% no mês de referência, em função de aumentos observados em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador.
Já o custo com materiais, pelo 11º mês consecutivo, apresentou alta expressiva de 2,81%. Nos primeiros cinco meses deste ano o aumento foi de 14,09%%, o maior para o período desde o início da divulgação da sua série histórica (1996).
“Em 12 meses, o aumento é de inacreditáveis 32,81%, ou seja, mais um recorde para o incremento nos custos com insumos do setor na avaliação em 12 meses”, ressalta a economista do Banco de Dados da CBIC, Ieda Vasconcelos.
Veja a íntegra da nota do Paínel S.A. da Folha de S.Paulo
Fonte: CBIC
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