Mercado de trabalho da construção ganha fôlego no primeiro mês do ano

A indústria da construção no país gerou, em janeiro deste ano, 38.373 novos empregos com carteira assinada, de acordo com os dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho. O setor conseguiu tomar fôlego depois do fim do ano passado, já que o 4º trimestre apresentou saldo negativo (demissões maiores do que admissões). Todos os seus três segmentos registraram resultados positivos. A construção de edifícios criou 16.586 novos empregos, as obras de infraestrutura geraram 8.919 novas vagas e os serviços especializados para a construção 12.868. São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná e Goiás foram os estados com o maior número de novos empregos no setor.

O resultado é otimista, ainda que seja menor do que janeiro do ano passado (47.092 novas vagas).  A  Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) estimou que o setor cresceu 4,1% em 2024. E como o seu ciclo de produção é longo,  esse incremento é capaz de impulsionar o mercado de trabalho por mais tempo.

“Precisamos ressaltar, especialmente, a alta de 18,6% dos lançamentos imobiliários em 2024 em relação ao ano anterior, que devem contribuir para impulsionar a criação de novos empregos no setor”, aponta Ieda Vasconcelos, economista chefe da CBIC. Em janeiro/25 a Construção possuía, em todo o País, 2,897 milhões de trabalhadores formais.

Esses resultados trazem um certo respiro para o setor, entretanto, isso não significa ausência de desafios. “A taxa de juros atual, que já está muito elevada, e a perspectiva de novos aumentos, podem contribuir para reduzir o impulso de novas obras, o que acabará refletindo no mercado de trabalho no médio prazo”, diz Ieda sobre o cenário.

Fonte: CBIC

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