Por ocasião da Campanha Abril Verde, o Seconci-SP (Serviço Social da Construção) está lançando a Campanha Queda Zero. Sob o lema “Prevenção de queda: um compromisso de todos”, o objetivo é sensibilizar os gestores da obra, profissionais de segurança, mestres e encarregados para a prevenção de acidentes por quedas.
Estas quedas, que há 10 anos respondiam por 40% dos acidentes graves e fatais nas obras, diminuíram em função da edição da Norma Regulamentadora (NR) 35, sobre trabalho em altura – relatam José Bassili, gerente de Segurança Ocupacional do Seconci-SP; Gianfranco Pampalon, consultor de Saúde e Segurança do Trabalho da entidade, e Ricardo Marcon e Leonardo Nomura, engenheiros de Segurança do Trabalho.
Mesmo assim, as quedas ainda representam 28% dos acidentes graves e fatais, seguidas dos impactos (24%), dos choques elétricos (12%) e dos aprisionamentos (12%), de acordo com levantamento do Ministério do Trabalho e Previdência.
A campanha divulgará cartazes e realizará palestras nas obras, além de divulgação de vídeos curtos de até 2 minutos nas mídias sociais.
Bassili, Pampalon, Marcon e Nomura alertam que a maioria dos acidentes com quedas acontecem ou com os trabalhadores novos, por falta de conhecimento ou subestimação do risco, ou com aqueles mais antigos que, por excesso de autoconfiança, se esquecem de tomar alguma providência. Outro fator é a premiação por produtividade, o que às vezes acaba levando a descuidos com a segurança.
Etapas da prevenção
Bassili, Pampalon, Marcon e Nomura elencam as quatro etapas da prevenção contra quedas:
1) Planejar e antever possíveis cenários nos quais haverá atividades em altura, para implementação de sistemas de prevenção coletiva e individual, de treinamentos específicos e de projetos, quando necessários.
2) Orientar e capacitar todos os trabalhadores por meio de treinamentos, mostrando os procedimentos de segurança e os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Coletivos (EPCs) necessários e os sistemas de ancoragem, para desenvolvimento das atividades com segurança plena.
3) Fornecer EPIs certificados e adequados aos cenários, mostrando que não funcionam sem a existência de um sistema de ancoragem instalado conforme a NR 35 e norma técnica aplicável NBR 16.325.
4) Supervisionar todas as atividades em altura para a verificação do atendimento dos procedimentos e, em caso de necessidade, realização do resgate e dos primeiros socorros. Adicionalmente, esta supervisão inclui a elaboração das permissões de trabalho (PT), verificação das condições dos equipamentos e sistemas de ancoragem, checagem das condições climáticas, dos riscos adicionais e das condições impeditivas.
Para Bassili, Pampalon, Marcon e Nomura, “um bom sistema para trabalho em altura buscará a redução da probabilidade de eventos com queda, mas se elas vierem ocorrer, devemos estar preparados para um resgate eficaz e seguro, o mais rapidamente possível, reduzindo o risco potencial para o trabalhador”.
De acordo com os engenheiros de Segurança do Trabalho, uma boa gestão depende da participação tanto do profissional da área, mas também dos gestores, líderes e trabalhadores do canteiro de obras, não se esquecendo de que as empresas contratadas devem ser envolvidas nesses cuidados.
Eles alertam para a importância de se buscar o atendimento da hierarquia das medidas de controle contra quedas, um fator fundamental para a redução dos indicadores de acidentes. Lembram ainda que a SST não é uma atividade à parte da obra, mas parte de toda a atividade.
As empresas interessadas nas palestras que o Seconci-SP realiza nas obras sobre o tema podem entrar em contato pelo e-mail relacoesempresariais@seconci-sp.org.br ou pelo telefone (11) 3664-5844.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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