O Produto Interno Bruto (PIB) da construção cresceu 0,7% no 2º trimestre de 2023, em comparação com o primeiro trimestre do ano. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (1º).
De acordo com a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, a construção registrou queda de 0,7% no 1º trimestre, comparado aos últimos três meses de 2022. Ieda destacou a retomada do crescimento do setor. “Mesmo diante de um cenário adverso nos primeiros seis meses do ano, com taxas de juros elevadas, dificuldades no mercado de padrão econômico, incertezas em relação a economia, a construção volta a crescer, ainda que de forma modesta”, destacou.
O PIB do Brasil cresceu 0,9% no 2º trimestre, em relação aos três meses imediatamente anteriores, superando as projeções que chegavam à alta de 0,3%. Ao contrário do que aconteceu nos primeiros três meses do ano, quando o destaque do crescimento foi a agropecuária, no 2º trimestre o desempenho positivo da economia foi devido ao crescimento de 0,9% da indústria e de 0,6% do setor de serviços. Todos os segmentos da indústria registraram desempenho positivo, com destaque para a indústria extrativa, que cresceu 1,8%, e a indústria da construção, que cresceu 0,7%.
“Sem dúvidas essa é uma notícia positiva. Mas para que o país alcance um crescimento sustentado, necessariamente a construção civil precisa acelerar o seu ritmo de crescimento. O país não cresce de forma sustentada sem passar pela construção”, enfatizou a economista.
Ieda lembrou que a construção trabalha num patamar acima do período anterior à pandemia da Covid-19. Mesmo assim, as atividades continuam abaixo do pico registrado em 2014. “Enquanto a economia nacional se encontra em um patamar 7,4% maior do que no final de 2019, a construção está 15,61% acima do patamar pré-pandemia. Apesar disso, o setor ainda está 20% inferior ao seu pico alcançado no início de 2014”, explicou.
A ação integra o projeto “Inteligência Setorial Estratégica”, realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).
Fonte: CBIC
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