Obramax divulga segunda edição do Panorama da Construção

A Obramax, maior atacarejo de materiais de construção do Brasil, divulgou a segunda edição do Panorama da Construção Civil. O estudo, que é publicado anualmente pela varejista, compila os dados mais recentes do setor, com análises de especialistas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), FGV-Ibre e CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). O objetivo do documento é examinar o desempenho e as tendências do setor no Brasil e oferece insights sobre diversos aspectos da indústria.

A edição atual destaca as estimativas sobre o crescimento do setor, o perfil da mão de obra e a inclusão de mulheres e PCDs, oferecendo insights valiosos para profissionais e empresas da área. 

Juliana Piccolotto, Diretora de Omnicommerce e responsável pelo Marketing da Obramax, explica que a empresa tem a missão de ser uma parceira confiável para profissionais e consumidores na realização de seus projetos de construção. Segundo ela, o estudo é uma forma de fortalecer esse laço de confiança, além de ser essencial para que a Obramax valide suas estratégias em diversas iniciativas. “O Panorama da Construção, desenvolvido pela Obramax com dados de mercado, contribui para essa construção de confiança e para a troca de conhecimentos no setor. Entendemos que o estudo é um levantamento completo sobre os desafios da profissão e pode auxiliar na tomada de decisões estratégicas, tanto para a Obramax quanto para os profissionais do ramo“, destaca a executiva. 

De acordo com o levantamento, o setor da construção civil no Brasil continua em plena expansão, com a CBIC prevendo um crescimento de 2,3% para o ano. O segmento já havia registrado crescimento de 4,1% até o terceiro trimestre de 2024, impulsionado pela recuperação econômica e pelo aquecimento do mercado imobiliário. Entretanto, o aumento nos custos de construção tem sido um desafio significativo, com uma taxa acumulada nos últimos 12 meses de 6,08%, em comparação aos 3,33% registrados em novembro de 2023. 

Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos de Construção da FGV-Ibre, reforça que o cenário é desafiador: “A recente alta da Selic e a sinalização de um ciclo prolongado de aumento impactarão diretamente o custo do crédito, essencial para o setor. Traçamos três possíveis cenários para o varejo de materiais: no mais pessimista, a alta seria de 1,5%; no mais otimista, chegaria a 3%. Ou seja, mesmo na melhor projeção, o crescimento será inferior ao de 2024”. 

Apesar desses desafios, Ana acredita que a atividade deve permanecer aquecida, mantendo a pressão sobre os custos e exigindo estratégias eficientes para contornar os impactos do crédito mais caro. 

Outro ponto destacado no Panorama da Construção Obramax é o levantamento mais recente do Índice de Confiança na Construção (ICST), do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, que apontou uma queda nas expectativas de crescimento das vendas, com apenas 29% dos varejistas projetando aumento, contra 35% em julho. No entanto, o Sudeste destacou-se como a única região com avanço na percepção de vendas, saltando de 19% para 28% em relação ao mês anterior, atribuído à maior concentração de reformas residenciais e obras de médio porte. 

A pesquisa também revelou o perfil do pedreiro no Brasil, que geralmente consiste em homens de 41 anos, com ensino médio completo, que trabalham 44 horas semanais. Embora o mercado apresente perspectivas positivas, a escassez de mão de obra qualificada continua sendo um desafio, com 60,4% das empresas relatando dificuldades para contratar ou reter talentos, acima da média nacional de 58,7%. Pedreiros são os profissionais mais difíceis de encontrar, seguidos por carpinteiros, mestres de obras e encarregados de obra. 

A questão salarial desses profissionais também avançou. De acordo com o CAGED, houve uma alta de 5,64% entre setembro de 2023 e agosto de 2024. Atualmente pedreiros ganham, em média, R$ 2.290 por mês. O teto salarial chega a R$ 3.246, enquanto o piso é de R$ 2.228. Apesar disso, a escassez de mão de obra qualificada ainda afeta o crescimento do setor. 

O panorama da Obramax ainda traz dados sobre o uso crescente de tecnologias para otimizar processos e reduzir custos na construção civil. Ferramentas como Realidade Virtual, drones, IoT (Internet das Coisas), impressão 3D, robótica, Inteligência Artificial e gestão de projetos em nuvem estão cada vez mais presentes no setor, trazendo avanços em termos de sustentabilidade, eficiência e segurança. 

Em relação à inclusão de mulheres no setor, o levantamento apontou que as profissionais do sexo feminino geralmente enfrentam mais desafios para ingressar na construção civil, precisando de maior qualificação para competir em um ambiente tradicionalmente masculino. As mulheres, em média, ganham 2,64% a menos que seus colegas homens, com uma jornada de trabalho similar de 44 horas semanais. 

Camila Alhadeff, líder da organização “Mulher Em Construção” em São Paulo, destacou a importância de projetos sociais para apoiar essas mulheres. 

“Fizemos um projeto, em parceria com a Universidade La Salle, para 500 mulheres atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul no início de 2024. O intuito é capacitá-las para que possam reestruturar suas casas, com aulas de pintura, reboco, hidráulica, elétrica, entre outros aprendizados”, afirmou. 

Outro ponto de estudo da pesquisa foi a inclusão de Pessoas com Deficiência (PCDs) no setor da construção civil. De acordo com o Salário.com, os PCDs recebem, em média, R$ 2.319, com a maioria deles ocupando cargos como mestres de obras, ajudantes gerais e encarregados de almoxarifados. O estudo conduzido pelo SindusCon-SP e Seconci-SP ressaltou a necessidade de garantir um ambiente de trabalho seguro e inclusivo para esses profissionais.

O Panorama da Construção Civil 2024 é um documento gratuito. Para acessar a versão completa, com todos os dados e insights detalhados, basta visitar o Blog da Obramax: Site

Fonte: Assessoria de Imprensa

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