Lugar de mulher é onde ela quiser. Entretanto, dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na 2ª edição do estudo “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, revelam disparidades expressivas entre homens e mulheres no mercado de trabalho do país. A pesquisa, divulgada em 2021 e com referência de 2019, aponta que apenas 37,4% dos cargos gerenciais (diretor ou gerente) são ocupados por mulheres.
E dentro do setor da Construção Civil, que é um dos mais conservadores no que diz respeito a mulheres não apenas em cargos de gestão e liderança, mas como um todo, isso é ainda mais evidente. Em 2023, segundo relatório do quadro de profissionais por gênero do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), o número de profissionais ativos cadastrados é de 1.104.104. Desses, apenas 219.422 são mulheres, o que representa 19% do total de profissionais.
Mas isso vem mudando com o passar dos anos e a presença feminina tem crescido bastante, principalmente dentro dos canteiros de obras. Um exemplo é a Engenheira Civil da Terral Incorporadora, Gabriela Teodoro. Aos 27 anos, a jovem lidera uma equipe de 110 homens, onde no pico de uma construção chega a até 160 colaboradores.
Ela começou na empresa como estagiária de personalização, em 2017, e cinco anos depois assumiu como Engenheira Residente da obra do empreendimento Land 226, em Goiânia. Teodoro conta que é um desafio diário liderar centenas de homens. “No primeiro momento, sempre temos uma barreira que precisamos ‘provar’ que somos competentes para estar nessa posição de liderança”, conta. “Mas desde o início sempre tive o respeito de todos. Dentro da minha equipe busco transmitir muita confiança e defendo cada um deles com unhas e dentes, mas também sou bem exigente com a qualidade das nossas entregas. Procuro sempre tirar o melhor de cada um deles”.
Atualmente, como Engenheira Residente, Gabriela integra o quadro de engenheiros de obra da empresa composto por 62% de mulheres que comandam equipes majoritariamente de homens. Cíntia Ferreira, gerente de Gente e Cultura da Terral Incorporadora, aponta que a empresa visa proporcionar igualdade de oportunidades entre os colaboradores. “Hoje está bem equilibrada a questão da liderança feminina na Terral. As mulheres têm se destacado cada vez mais no que diz respeito à formação acadêmica, empatia para resolução de problemas, além de serem capazes de trazer resultados satisfatórios para a área onde trabalham”, comenta. “A Construção Civil está mudando, como muitas áreas, e a presença feminina tem crescido bastante. Acredito que quanto mais diversa for a equipe na empresa, mais completas serão as soluções criadas”.
Para a engenheira é importante que mais mulheres ocupem cargos de gestão e liderança dentro das empresas. “Temos conquistado o nosso espaço, principalmente por conta da nossa determinação. Mesmo com as multitarefas fora do ambiente de trabalho, damos sempre nosso máximo para superar as expectativas da nossa função. Além disso, temos uma capacidade nata de relacionamento e empatia, gerando uma equipe mais engajada”, afirma.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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