Antes do jogo entre Brasil e Suíça pela Copa do Mundo de 2022, a cidade de São Paulo bateu o recorde de lentidão do ano: 472 km. Situações como esta são corriqueiras na capital paulista. E, para ampliar a mobilidade da cidade, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), planeja executar um pacote viário avaliado em mais de R$ 4,6 bilhões até 2024. Com o caixa atual de R$ 32,6 bilhões, a Prefeitura também prevê incrementar a arrecadação com a venda de títulos imobiliários para a realização das obras.
Obras de mobilidade a serem realizadas
Ao todo, estão previstas 20 ações de mobilidade – a maioria delas na zona Sul da capital. Uma das principais é a ampliação da Marginal do Pinheiros, em um trecho de 8 km, que vai da avenida Guido Caloi, na altura da ponte João Dias, até a ponte Vitorino Goulart, em Interlagos. No entanto, em publicação do jornal da USP (Universidade de São Paulo), o arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, relator do Plano Diretor Estratégico de São Paulo em 2002 e 2014, apontou que esta é a última área verde que ainda beira um rio na cidade de São Paulo e que essa ação pode trazer impactos ambientais.
Nesta mesma região, a Prefeitura projeta ainda realizar a duplicação de 825 metros da Avenida Senador Teotônio Vilela.
O pacote planeja também a construção de corredores rápidos de ônibus BRTs da Radial Leste e da Avenida Aricanduva, além de pontes, viadutos e túneis para desafogar o trânsito. Um dos exemplos é o cruzamento das Avenidas do Estado com a Santos Dumont, um foco histórico de congestionamento. Já entre a avenida Domingos de Morais com a rua Sena Madureira, a ideia é construir um túnel para melhorar o tráfego de veículos. O pacote também quer tirar do papel o túnel na Avenida Chucri Zaidan, zona sul.
Outra obra prevista é a reforma de calçadões no centro da capital paulista. Em novembro de 2022, Prefeitura de São Paulo, por meio da SPObras, já deu ordem de serviço para início das obras de requalificação dos calçadões do Triângulo Histórico. De acordo com a Prefeitura de São Paulo, as obras foram divididas em dois lotes, com 22 meses previstos para sua execução total. Serão requalificadas 23 ruas, com investimentos de R$ 63 milhões. Um novo calçamento de concreto garantirá acessibilidade universal. Além disso, deverá ser instalado novo mobiliário urbano, que criará áreas de convivência; nova sinalização turística; nova iluminação funcional e cênica de edifícios históricos; reestruturação da infraestrutura subterrânea de drenagem; e implantação de valas técnicas para melhor ordenamento das redes de telecomunicações.
Fonte: Cimento Itambé
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