Confira o valor do metro quadrado da construção com base nos dados do SINAPI

O valor do metro quadrado da construção hoje está em R$ 1.790,66. Desse total, R$ 1.034,95 são relativos aos materiais e a parcela da mão de obra corresponde a R$ 755,71. Os dados fazem parte da atualização de janeiro de 2025 do SINAPI — aferido pelo IBGE em conjunto com a Caixa Econômica Federal.

O indicador teve variação de 0,21% em dezembro — o que representa uma queda de 0,03 ponto percentual abaixo do índice de novembro (0,24%). A título de comparação, em dezembro de 2023, a alta foi de 0,26%.

Com a atualização mais recente, o acumulado dos últimos 12 meses do valor do metro quadrado da construção foi para 3,98% — percentual acima dos 2,55% observados nos 12 meses anteriores.

Confira, na tabela e gráfico abaixo, como o SINAPI variou nos últimos meses.

DataValor do metro quadradoVariação mensalAcumulado 12 meses
Dezembro 2024R$ 1.790,660,21%3,98%
Novembro 2024R$ 1.786,820,24%4,03%
Outubro 2024R$ 1.782,510,53%3,86%
Setembro 2024R$ 1.773,200,35%3,46%
Agosto 2024R$ 1.767,090,63%3,12%
Julho 2024R$ 1.756,010,40%2,66%
Junho 2024R$ 1.748,990,56%2,49%
Maio 2024R$ 1.739,260,17%2,31%
Abril 2024R$ 1.736,370,41%2,51%
Março 2024R$ 1.729,250,07%2,36%
Fevereiro 2024R$ 1.728,110,15%2,50%
Janeiro 2024R$ 1.725,520,19%2,43%

Custo da mão de obra

O custo da mão de obra no preço do metro quadrado da construção é R$ 755,71. Sem acordos coletivos firmados em dezembro, o valor subiu 0,06% na comparação com novembro. O acumulado dos últimos 12 meses está em 4,90%.

Confira como o custo da mão de obra variou nos últimos meses.

DataCusto da mão de obraVariação mensalAcumulado 12 meses
Dezembro 2024R$ 755,710,06%4,90%
Novembro 2024R$ 755,250,01%5,09%
Outubro 2024R$ 755,190,16%5,16%
Setembro 2024R$ 753,950,16%5,32%
Agosto 2024R$ 752,780,81%5,53%
Julho 2024R$ 746,700,53%5,35%
Junho 2024R$ 742,741,40%5,35%
Maio 2024R$ 732,460,44%5,31%
Abril 2024R$ 729,070,83%6,12%
Março 2024R$ 723,06-0,02%5,30%
Fevereiro 2024R$ 723,190,13%5,75%
Janeiro 2024R$ 722,260,14%5,65%
Gráfico demonstrando a variação do custo da mão de obra no preço do metro quadrado da construção.

Custo dos materiais de construção

Já em relação aos materiais de construção, o custo em janeiro é R$ 1.034,95. A variação registrada pelo SINAPI em dezembro foi de 0,33%. Considerando o índice de dezembro de 2023 (0,27%), houve alta de 0,06 ponto percentual. O resultado acumulado dos últimos 12 meses ficou em 3,32%.

Confira como o custo dos materiais variou nos últimos 12 meses.

DataCusto dos materiaisVariação mensalAcumulado 12 meses
Dezembro 2024R$ 1.034,950,33%3,32%
Novembro 2024R$ 1.031,570,41%3,25%
Outubro 2024R$ 1.027,320,79%2,91%
Setembro 2024R$ 1.019,250,49%2,13%
Agosto 2024R$ 1.014,310,50%1,41%
Julho 2024R$ 1.009,310,30%0,76%
Junho 2024R$ 1.006,25-0,05%0,47%
Maio 2024R$ 1.006,80-0,05%0,24%
Abril 2024R$ 1.007,300,11%0,05%
Março 2024R$ 1.006,190,13%0,36%
Fevereiro 2024R$ 1.004,920,17%0,30%
Janeiro 2024R$ 1.003,260,14%0,23%
Gráfico demonstrando a variação do custo dos materiais no preço do metro quadrado da construção.

Valor do metro quadrado por região

De acordo com o SINAPI, as regiões Norte e Sul, com alta na maioria dos estados, ficaram com as maiores variações regionais em dezembro (0,28%).

Na sequência, aparecem Centro-Oeste (0,25%), Sudeste (0,21%) e Nordeste (0,16%).

Quando analisados os números de cada estado, o Piauí ficou com a maior taxa para o último mês do ano, com 1,90%.

Veja os detalhes nas tabelas:

SINAPI em dezembro de 2024 com desoneração da folha de pagamento

Áreas GeográficasCustos MédiosNúmeros ÍndicesVariações Percentuais
R$/m²Jun/94=100MensalNo ano12 meses
Brasil1790,66896,320,213,983,98
Região Norte1857,81925,620,284,814,81
Rondônia1983,871106,160,038,808,80
Acre1972,351046,660,435,155,15
Amazonas1824,02892,78-0,071,721,72
Roraima1989,73826,330,106,226,22
Pará1831,84878,340,555,735,73
Amapá1790,87869,860,635,555,55
Tocantins1878,91987,95-0,234,054,05
Região Nordeste1664,21899,010,164,084,08
Maranhão1741,01917,430,565,275,27
Piauí1695,301126,651,904,984,98
Ceará1663,69961,040,045,185,18
Rio Grande do Norte1685,00849,380,004,144,14
Paraíba1726,93955,020,124,584,58
Pernambuco1600,62855,620,021,981,98
Alagoas1609,13803,770,252,922,92
Sergipe1594,97847,400,134,264,26
Bahia1657,08877,17-0,183,933,93
Região Sudeste1837,08879,420,214,134,13
Minas Gerais1685,23927,400,044,554,55
Espírito Santo1627,04902,790,023,083,08
Rio de Janeiro1972,27898,970,204,134,13
São Paulo1891,20853,880,313,983,98
Região Sul1912,00914,460,283,773,77
Paraná1921,12918,620,385,295,29
Santa Catarina2029,401098,700,112,122,12
Rio Grande do Sul1783,52809,340,302,832,83
Região Centro-Oeste1799,86918,530,252,532,53
Mato Grosso do Sul1738,72817,860,072,182,18
Mato Grosso1853,081056,920,392,852,85
Goiás1759,06929,170,262,922,92
Distrito Federal1827,58807,230,181,951,95

SINAPI em dezembro de 2024 sem desoneração da folha de pagamento

Áreas GeográficasCustos MédiosNúmeros ÍndicesVariações Percentuais
R$/m²Jun/94=100MensalNo ano12 meses
Brasil1906,79953,550,214,034,03
Região Norte1967,14980,290,274,894,89
Rondônia2105,131173,680,029,049,04
Acre2085,171106,770,405,315,31
Amazonas1936,14948,05-0,071,961,96
Roraima2112,93877,400,116,266,26
Pará1936,45928,290,525,655,65
Amapá1895,13920,650,595,545,54
Tocantins1988,921046,10-0,224,114,11
Região Nordeste1766,27953,940,164,104,10
Maranhão1845,90972,780,555,265,26
Piauí1796,221193,651,964,954,95
Ceará1762,161017,290,055,235,23
Rio Grande do Norte1785,54899,800,004,124,12
Paraíba1832,051012,900,104,624,62
Pernambuco1701,22909,800,012,162,16
Alagoas1704,03851,590,222,802,80
Sergipe1690,78898,620,134,354,35
Bahia1762,44932,16-0,164,014,01
Região Sudeste1962,87939,050,204,144,14
Minas Gerais1789,85984,480,064,554,55
Espírito Santo1731,42960,660,023,283,28
Rio de Janeiro2114,04964,170,184,154,15
São Paulo2025,04914,520,304,014,01
Região Sul2042,49976,730,223,913,91
Paraná2055,51982,880,295,415,41
Santa Catarina2172,931176,860,062,372,37
Rio Grande do Sul1894,94860,300,272,932,93
Região Centro-Oeste1911,15975,390,262,622,62
Mato Grosso do Sul1847,30868,290,062,352,35
Mato Grosso1961,281119,010,332,632,63
Goiás1873,62988,810,363,213,21
Distrito Federal1940,28857,180,172,052,05

Por que o SINAPI é tão importante?

Produção conjunta do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da Caixa Econômica Federal, o SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) foi criado em 1969. O objetivo era a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada, com abrangência nacional, para apoiar a elaboração e a avaliação de orçamentos, como também o acompanhamento de custos.

Hoje, o SINAPI é a principal tabela de referência para composições e preços de serviços e atividades de obras públicas e privadas no Brasil.

As séries mensais de custos e índices de custos referem-se ao valor do metro quadrado de uma construção no canteiro de obras. Elas não contemplam as despesas com projetos em geral, licenças, seguros, instalações provisórias, depreciações dos equipamentos, compra de terreno, administração, financiamento e aquisição de equipamentos.

As estatísticas do SINAPI são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.

INCC-M

Além do SINAPI, outro importante indicador de custos do setor é o INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção), aferido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Assim como o custo por metro quadrado da construção determinado pelo IBGE, o INCC-M acompanha a evolução dos preços de materiais, serviços e mão de obra destinados à construção de residências. Ele é calculado em sete capitais — Brasília, Recife, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Como ficou o INCC-M em dezembro?

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) aumentou 0,51% em dezembro de 2024, número acima da variação de 0,44% observada em novembro.

Assim, o INCC-M acumula alta de 6,34% em 12 meses. A título de comparação, em dezembro de 2023 o aumento observado no intervalo de 12 meses era de 3,32%.

Segundo o indicador, em dezembro, o custo com a mão de obra cresceu 0,53%, ante 0,54% em novembro.

Já o custo com materiais, equipamentos e serviços avançou 0,49% em dezembro, após alta de 0,37% em novembro.

Gráfico demonstrando a variação do acumulado do INCC em 12 meses.O INCC-M acumula alta de 6,34% em 12 meses

Dentro do grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a categoria de Materiais e Equipamentos registrou aumento de 0,57% em dezembro, marcando um incremento maior em relação à taxa de 0,40% vista em novembro. De acordo com a FGV, o movimento reflete uma tendência de aceleração nos preços desses insumos, crucial para a execução de projetos de construção.

Ainda nessa categoria, dois dos quatro subgrupos que compõem essa categoria exibiram avanço em suas taxas de variação. O principal destaque foi o subgrupo “materiais para instalação”, que viu sua taxa subir de 0,66% para 1,51%.

Na variação relativa a Serviços, observou-se um declínio significativo na variação, que passou de uma alta de 0,09% em novembro para uma queda de 0,25% em dezembro. Esta desaceleração foi reflexo no item “conta de energia”, que viu sua taxa de variação passar de -3,42% para -4,92%.

Salvador, Recife e Porto Alegre experimentaram desaceleração em suas taxas de variação, refletindo uma redução nos custos de construção nessas localidades.

Por outro lado, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo observaram aumento em suas taxas de variação, o que sugere uma alta relativa nos custos de construção nessas cidades.

Fonte: Portal AECweb

Leia mais

Varejo de materiais de construção apresentou crescimento no mês de outubro, indica estudo  

Perspectivas para o mercado imobiliário em 2025