Custos da construção civil desaceleram para 0,38% em outubro

Em outubro, o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), uma produção conjunta do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Caixa Econômica Federal, divulgou o Índice Nacional da Construção Civil que foi de 0,38%. Este resultado foi 0,06 ponto percentual abaixo da taxa de setembro para os custos da construção (0,44%). Com isso, também foi a menor taxa desde julho de 2020

índice também foi menor que no mesmo mês de 2021, quando o Sinapi registrou 1,01%. O acumulado nos últimos doze meses foi para 12,41%. Este índice ficou pouco abaixo dos 13,11% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. O acumulado no ano fechou em 10,64%.

“Estamos captando um ritmo de desaceleração em relação ao período da pandemia de Covid-19, o que vem trazendo o índice para patamares mais próximos da série histórica pré-pandemia”, afirma o gerente da pesquisa, Augusto Oliveira.

Custo Nacional da Construção por metro quadrado

Em setembro, o custo nacional da construção, por metro quadrado, fechou em R$ 1.669,19. Já em outubro, este índice subiu para R$ 1.675,46, sendo R$ 1.000,36 relativos aos materiais e R$ 675,10 à mão de obra.

Parcela dos materiais x mão de obra

A parcela dos materiais cresceu 0,04%, percentual 0,49 p.p. inferior ao do mês anterior (que registrou 0,53%). Segundo Oliveira, foram os materiais que puxaram as altas na época da pandemia e têm sido o balizador da desaceleração em 2022.

A parcela da mão de obra, com taxa de 0,88% em outubro, aumentou 0,57 p.p. em relação ao mês anterior (0,31%). 

Os acumulados no ano foram: 9,93% (materiais) e 11,70% (mão de obra). Já os acumulados em doze meses ficaram em 12,60% (materiais) e 12,07% (mão de obra), respectivamente.

Região Centro-Oeste tem a maior variação mensal

Embora o Mato Grosso do Sul tenha apresentado índice negativo, a Região Centro-Oeste apresentou a maior variação regional em outubro, 1,59%. De acordo com o Sinapi, este aumento se deve, principalmente, pelo acordo coletivo observado no estado do Mato Grosso.

Com alta na parcela de materiais e reajuste observado nas categorias profissionais, Mato Grosso foi o estado com a maior variação mensal, 4,89%. Em seguida, vêm os estados de Roraima (3,64%), Pará (2,55%) e Alagoas (2,64%). Todos eles índices altos devido a um reajuste na parcela da mão de obra.

Fonte: Cimento Itambé

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