O Índice Nacional de Custo da Construção-M (INCC-M) acelerou 0,59% em abril, ante a alta de 0,38% em março. No acumulado de 12 meses, o indicador aumentou 7,52%, acelerando na comparação com o acumulado até abril de 2024, de 3,48% nos 12 meses imediatamente anteriores. Os dados são do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), com base em preços coletados entre os dias 21 de março e 20 de abril, em sete capitais de Estados, e foram divulgados na última sexta-feira, 25/04. No acumulado do primeiro trimestre de 2025, o INCC-M registra alta de 2,21%. O Índice de Custos da Construção (ICC) do município de São Paulo se elevou 0,51% em abril, acumulando 2,21% no primeiro trimestre, e 8,39% em 12 meses. Todas as cidades, com exceção de Porto Alegre, experimentaram aceleração em suas taxas de variação.
Mão de Obra
No INCC-M, o índice de mão de obra aumentou expressivamente, de 0,35% em março para 0,91% em abril. Para Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, a questão da escassez de mão de obra continua preocupando o setor e elevando os custos: “Essa pressão vem se intensificando nos últimos meses, como mostra a aceleração do índice de mão de obra. A construção civil tem enfrentado dificuldades em contratar profissionais qualificados, o que gera impactos diretos no aumento dos custos e na execução dos projetos”.
Materiais, Equipamentos e Serviços
No INCC-M, o grupo de Materiais, Equipamentos e Serviços subiu 0,37% em abril, ante 0,40% no mês anterior.
A categoria de Materiais e Equipamentos registrou aumento de 0,35% em abril, um incremento menor em relação aos 0,42% de março. Na avaliação do FGV Ibre, esse movimento reflete uma tendência de suavização nos preços desses insumos, crucial para a execução de projetos de construção. Três dos quatro subgrupos que compõem essa categoria apresentaram recuo. O item materiais para estrutura desacelerou de 0,37% em março para 0,16% em abril.
Serviços
Já os serviços para a construção se elevaram de 0,19% em março para 0,50% em abril. Esse avanço resultou do item projetos, que aumentou de 0,17% para 0,59%.
Altas e baixas
Os custos que mais subiram em abril foram: pedreiro (1,07%), elevador (0,95%), encanador (1,06%), bloco de concreto (0,71%) e pintor (1,19%). Os que registraram as maiores quedas foram: vergalhões e arames de aço ao carbono (-1,27%), tela alambrado/gradil metálico (-0,41%), tela de aço soldada para concreto (-0,88%), uniforme e Equipamento de Proteção Individual (-0,53%) e impermeabilizante (-0,05%).
Fonte: Assessoria de Imprensa
Leia mais
Tarifaço de Trump pressiona custo do aço e ameaça ritmo das construções no Brasil
Minha Casa, Minha Vida: programa para classe média começa a valer em maio