O governo federal planeja lançar um programa de crédito imobiliário destinado a trabalhadores informais, reconhecendo as dificuldades enfrentadas por esse grupo para obter financiamentos. Para reduzir os riscos associados aos empréstimos para pessoas sem emprego formal, cerca de R$ 800 milhões do Fundo Garantidor da Habitação Popular (FGHab) serão utilizados.
A implementação desse plano está prevista para setembro. E, através do uso dos recursos do FGHab, o governo pretende reduzir essas barreiras e oferecer oportunidades de crédito para trabalhadores informais adquirirem suas próprias casas. A expectativa é que esses recursos ajudem a financiar a aquisição de 150 mil a 200 mil imóveis para esse grupo da população.
Essa iniciativa também pode impactar positivamente as empresas do setor imobiliário envolvidas no programa Minha Casa Minha Vida, como a EPH Incorporadora, empresa focada no segmento econômico e especializada em produtos que atendem as demandas do programa do Governo Federal “Minha Casa, Minha Vida”.
Segundo Vinícius Marques, sócio e Diretor de Estratégia da VMV Real Estate Consulting, maior consultoria imobiliária do país e que atua com diversas incorporadoras do Minha Casa Minha Vida, o número de trabalhadores informais no Brasil, hoje, é cerca de 40%.
“São trabalhadores com grande dificuldade de comprovação de renda e de conseguir crédito aprovado no programa Minha Casa Minha Vida. Ter um programa e incentivos direcionados para esse público, além de ser uma medida social importante, aumenta a demanda de compradores no mercado. Já temos muitas unidades ofertadas, se conseguirmos aumentar a aprovação dos informais, que geralmente não aprovam, isso aumenta a venda”, afirma Vinícius.
Essa medida também é excelente para as incorporadoras. “Atualmente as incorporadoras perdem muitos potenciais clientes por não conseguirem comprovar renda, que são descartados no processo de venda. Uma quantidade enorme de interessados vai voltar ao fluxo de vendas, acelerando o VSO (Venda sobre Oferta) das incorporadoras Minhas Casa Minha Vida”, completa Vinícius.
Além disso, essa medida é especialmente positiva para o Norte e Nordeste. “A VMV é parceira do FNNIC (Fórum Norte Nordeste da Indústria da Construção). E, este ano, acompanhou o pleito junto ao ministro Jader Filho por medidas que olhassem para essas regiões. Nas regiões Norte e Nordeste, a taxa de trabalhadores informais sobe para mais de 52% dos trabalhadores, tendo casos como o Pará, onde esse número é superior a 60%. Essa realidade, sem um programa que olhe para esses trabalhadores, estrangula o setor imobiliário”, finaliza o sócio-diretor da VMV.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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