Setor de construção tem crescimento impulsionado pela inovação

A Hilti, multinacional focada na fabricação, projeto e pesquisa de soluções de construção, registrou crescimento global de 20% em 2022. Segundo Oliver Moesgen, presidente da empresa no Brasil, o resultado supera a expectativa inicial, que era de 13%, mas ainda está abaixo da média de 40% obtido pela companhia nos últimos 3 anos.

O crescimento registrado se deve a uma série de fatores, como o desenvolvimento positivo do setor de construção e o aumento de valor agregado em produtos e novas tecnologias, como no caso do ON!Track, da Consultoria de Produtividade, das soluções corta-fogo e dos suportes modulares que eliminam solda, entre outros.

Para 2023 a meta é passar dos 20% de aumento global e o Brasil pode contribuir para este resultado já que já que aqui a construção civil vem crescendo acima do PIB nos últimos anos. “A expansão do crédito imobiliário, programas de financiamento habitacional como o Casa Verde e Amarela (Minha Casa Minha Vida) também contribuíram para os números alcançados e acreditamos na continuação dessas políticas para os próximos anos”, diz o executivo. No entanto, segundo ele, o controle da inflação, equilíbrio fiscal e a atração de investimentos privados são desafios que, se superados pelo novo governo, irão garantir bons próximos anos.

De acordo com Moesgen, a empresa investe cerca de 6% do seu faturamento em inovação o que resulta em uma média de 60 produtos lançados globalmente a cada ano. Um exemplo são as soluções que oferecem suporte para construção em BIM (Building Information Modeling), processo que faz uma representação virtual da obra com todos os seus pontos integrados e que torna possível prever falhas na construção antes mesmo de erguer o projeto. A Hilti atua, principalmente, nas disciplinas de elétrica e hidráulica ao fornecer o projeto em BIM, com suporte modular e o acompanhamento da instalação.

A adoção do BIM impacta positivamente na produtividade e cumprimento dos prazos da obra. O executivo ressalta a abertura para a implantação da metodologia em projetos públicos e o grande potencial de expansão no setor privado. “Apesar dos avanços conquistados na pandemia, o Brasil tem um desafio na adoção da tecnologia BIM para a construção”, explica. Ele destaca que a adoção desse modelo permite reduzir o impacto ambiental e gerar uma economia importante no uso de materiais.

Atualmente, a Hilti tem dez fábricas em sete países, entre eles Áustria, Alemanha, Hungria, México, China e Índia, e 1 milhão de clientes no mundo, sendo 10 mil no Brasil.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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