As vendas de novos apartamento no primeiro trimestre de 2021 passaram de 127 mil unidades. Segundo o presidente da Câmara Brasileira de Industria da Construção, José Carlos Martins, o aumento foi de 46%, se comparado ao mesmo período ano passado, levando em consideração a mudança de hábito do brasileiro e também o perfil de cada comprador. “Nossa percepção é que a taxa de juros está em patamar bem reduzido com relação aos valores históricos no Brasil, aliado ao fato que as pessoas ficaram em casa, literalmente, e, com isso, deram mais valor ao lar, à família, ao meio físico, de que elas desejassem cada vez mais uma melhor condição de moradia.
O número de vendas no segundo trimestre do ano aumentou 7,2% em relação ao primeiro trimestre — o que tem ajudado o setor é o numero de estoque de lançamentos já previstos. Foram 100.184 apartamentos lançados no primeiro semestre, o que representa um crescimento de 57,2% em relação ao mesmo período de 2020. A alta foi de 51,3% no segundo trimestre do ano em relação ao primeiro. E os maiores índices de crescimento foram nas regiões Norte e Nordeste. Apesar dos números positivos para o setor, os construtores estão inseguros até dezembro deste ano. A inflação encareceu os insumos para a construção de novos empreendimentos e a tendência é de queda nos estoques. De acordo com José Carlos Martins, da CBIC, é preciso esperar indicativos da política do governo para esse setor
“O que está ocorrendo hoje? Os empresários já perceberam. Eles estão vendendo bem, mas estão temorosos de lançar novos empreendimentos. Então você descasa também o lançamento. Você vende muito mais do que lança. E aí, a cada mês você tem uma redução da tua oferta, do estoque. Cada vez ele vai reduzindo.” A construção civil ficou mais cara no último ano. Se a renda do brasileiro não acompanhar esse ritmo, a tendência é de queda nas vendas e nos lançamentos, como explica José Carlos Martins. “Isso nos preocupa porque você vai ter duas pressões sobre o preço de venda do imóvel. A primeira é do aumento de custo, que é natural. A segunda pela baixa oferta.” Os recursos do FGTS estão entre as fontes de financiamento desse programa.
Fonte: Jovem Pan
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