Como produzir com ESG

Parece difícil, mas não é. Só tem uma regra: tem que fazer de verdade e não apenas para mostrar aos outros. Por que eu digo isso? Porque já vi muitas empresas fazerem ações para mostrar ao auditor ou ao acionista, isso não se sustenta. 

É preciso cultivar uma cultura socioambiental, ir fazendo aos poucos, mas sempre, e de verdade. Isso engaja as pessoas. 

E de que pessoas estamos falando? De todas que quisermos envolver, porque uma empresa se faz de colaboradores, clientes, parceiros, vizinhos e sociedade.

Comece! Saia da zona de conforto. É aí que a “mágica” acontece. 

E por quê? Porque o que está no dia a dia, já estamos acostumados e não enxergamos que podemos mudar. É como aquela “tralha” que você tem em casa e que um dia vai arrumar. Com o tempo, a tralha vira objeto de decoração e você nem percebe mais que está lá. 

Como exemplo, na construtora MBigucci, a cultura sempre foi olhar a responsabilidade social e ambiental de dentro para fora, com engajamento primeiro dos nossos diretores e colaboradores. Assim, foram nascendo os programas sociais e ambientais, que carinhosamente são chamados de Big’s (Big Riso, Big Vida, Big Vizinhança, Big Conhecimento e Big Ideias). 

Vou focar no Big Riso, que completou 18 anos recentemente e está diretamente ligado à letra S (Social) do ESG.

Big Riso: grupo de voluntários reúne diretores, colaboradores e comunidade em visitas aos hospitais 

Inspirado no filme “Patch Adams — O Amor é Contagioso”, o Big Riso é um grupo de voluntariado que começou no dia 8/11/2004, no Ambulatório de Oncopediatria da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André/SP. Com o tempo, passou a atender também o Hospital Estadual Mário Covas, em Sto André, e o Hospital do Servidor Público Estadual, na Vl. Mariana, em São Paulo.

O objetivo do grupo Big Riso é alegrar crianças e adolescentes internados ou em tratamento quimioterápico. Vestidos de palhaços, os voluntários realizam brincadeiras, mágicas, contam histórias, desenham, cantam, tirando o foco da doença, divertindo os pacientes. É a chamada “Risoterapia”.

Mas o que isso tem a ver com o ramo da construção civil? ABSOLUTAMENTE, NADA. 

Mas tem a ver com PESSOAS. E são as pessoas que fazem a empresa girar.

São as pessoas que produzem, são as pessoas que entregam qualidade, então se as pessoas estão felizes, se enxergam propósito no que fazem, é obvio que o resultado será melhor, com engajamento e produtividade. 

Eu me arrisco a dizer que o Big Riso também está no G de Governança, porque cuida de pessoas. Quando os colaboradores da MBigucci saem para a visita hospitalar eles cuidam dos pacientes, mas quando voltam ao trabalho, eles valorizam mais a vida, a saúde e aquele tempo que eles ficaram fora cuidando de outros, eles reveem os valores e isso importa para a qualidade do dia a dia. A percepção de estar junto e colaborar com o colega ao lado, faz a diferença no final. Um cuida do outro.

Quando o Big Riso foi criado (2004), não se falava em ESG, mas, a empresa saiu da zona de conforto e essa “mágica” tem deixado as pessoas mais felizes.

Em resumo, não se limite ao seu ramo de atividade para praticar o ESG. Se você fizer com amor, vai tornar o seu objetivo, objetivo dos outros, não por imposição, mas por paixão. Todos ao seu redor vão te seguir. O resultado? Tente. Inove. Aja e descubra. Você vai se surpreender.

Por *Roberta Bigucci é arquiteta e urbanista, diretora de responsabilidade socioambiental da construtora MBigucci, bailarina e mãe de quatro filhos

Fonte: Assessoria de Imprensa

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