Não é de hoje que a construção é considerada um dos setores mais poluentes do mundo. Estudos publicados pelo The Guardian no último ano apontam que de 4 a 8% do CO2 emitido vem da produção do concreto. E é justamente na criação dessa matéria-prima que novas tecnologias atuam com uma pegada ESG que veio para ficar. De olho neste mercado, a Camargo Química, empresa especializada em soluções sustentáveis para a construção, trouxe para o Brasil um sistema que retira CO2 do meio ambiente e o injeta na mistura do concreto. Nessa etapa, o gás carbônico é transformado em outro mineral, que além de não poluir, garante mais durabilidade à mistura.
Duas concreteiras brasileiras já adotaram a solução: a Pré-vale e a Traço Forte Concretos, ambas de Santa Catarina. “O sistema contribui com uma expectativa de reduzir o consumo de cimento na ordem de 5%. Se nós temos a oportunidade de contribuir para a redução de poluentes na atmosfera, por que não? Temos no nosso DNA essa preocupação com o meio ambiente, com a sustentabilidade, com as pessoas. Podemos fornecer aos nossos clientes um produto que possa ser visto como transformador”, destaca afirma Gilmar Jaeger, fundador e diretor geral da Pré-vale.
“Ao adotar a tecnologia estamos mostrando que é possível contribuir com o meio ambiente, melhorando ainda mais a qualidade do produto. Com a parceria, além de produzirmos um produto com maior resistência e maior durabilidade, teremos uma redução significativa em relação à emissão de CO2, nosso maior foco com a implantação do sistema.”, afirma Cristian Vitoreti Fernandes, engenheiro responsável da Traço Forte Concretos.
Fábio Camargo, CEO da Camargo Química, explica que o sistema traz uma série de benefícios, a começar pela sustentabilidade. “A cada metro cúbico de concreto produzido, o sistema captura e retira do ambiente de 12 a 15 kg de gás carbônico. Além disso, traz viabilidade com a possibilidade de a empresa produtora de concreto ingressar no mercado de crédito de carbono, comercializando seus índices sustentáveis para grandes emissores que precisam se comprometer com a sustentabilidade”, diz o executivo.
Atualmente, o cimento ocupa a posição de segundo insumo mais consumido no mundo, perdendo apenas para a água em termos de demanda global. No entanto, ao introduzir o sistema de redução de CO2 na mistura de concreto, podemos vislumbrar um cenário altamente positivo para o meio ambiente. Estima-se que essa inovação tenha o potencial de resultar em uma redução anual de 500 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) liberadas na atmosfera em escala global. Essa contribuição significativa para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa posiciona esse tipo de inovação como um avanço crucial na busca por soluções sustentáveis na indústria da construção civil.
Fonte: Assessoria de Imprensa