A segurança no ambiente de trabalho é um tema que deve ser tratado com a máxima seriedade por todos os setores da indústria. Para as empresas, garantir a integridade física e mental dos colaboradores é uma responsabilidade inegociável, que deve ser cumprida com rigor e atenção. Nesse sentido, a Norma Regulamentadora 12 (NR-12) desempenha um papel crucial, estabelecendo diretrizes e requisitos que visam prevenir acidentes e doenças ocupacionais no manuseio de máquinas e equipamentos.
No entanto, a simples observância das normas não é suficiente para resultar em segurança no ambiente de trabalho. É fundamental que as empresas adotem uma cultura de prevenção, na qual a capacitação e o treinamento contínuo dos colaboradores sejam valorizados e priorizados. Afinal, de que adianta investir em equipamentos de última geração e em medidas de segurança coletivas se os operadores não estiverem devidamente preparados para utilizá-los de forma segura?
O treinamento contínuo é, sem dúvida, o ponto central para garantir a segurança no local de trabalho. A falta de conhecimento e experiência na operação desses dispositivos é um dos principais fatores que contribuem para os acidentes, tornando essencial que as empresas ofereçam programas de capacitação bem estruturados, que incluam tanto a instrução teórica quanto a prática. O objetivo é garantir que os profissionais adquiram as habilidades necessárias para operar de maneira recomendada.
Além disso, é importante ressaltar que o treinamento não deve ser encarado como uma atividade pontual, realizada apenas no momento da admissão ou em situações específicas. Pelo contrário, a capacitação dos colaboradores deve ser um processo contínuo e permanente, que acompanhe o desenvolvimento de cada indivíduo e se adapte às mudanças tecnológicas e operacionais que ocorrem ao longo do tempo.
Novos equipamentos podem ser adquiridos, assim como novos processos devem ser implementados e colaboradores contratados. É fundamental que todos estejam devidamente prontos para lidar com esses aspectos. A NR12 atua como um guia para que empregadores e funcionários possam verificar os requisitos de segurança envolvendo o uso de máquinas. Ela ajuda a manter um ambiente mais saudável e seguro, reduzindo os riscos e melhorando a eficiência. E, quando aplicadas à tecnologia, as regulamentações podem ter um potencial ainda mais benéfico.
Sensores de aproximação homem-máquina, sistemas anti-atropelamento e anti-colisão são exemplos de inovações que reduzem drasticamente os riscos de acidentes. Esses dispositivos interrompem operações perigosas antes que qualquer contato ocorra, o que eleva significativamente os níveis de segurança.
Ainda, a realização de inspeções regulares garante que as máquinas estejam em perfeito estado, e a manutenção preventiva é o caminho mais eficaz para evitar ocorrências. As medidas de proteção individual também são importantes, já que os trabalhadores devem utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, conforme determinado no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
Somando esses aspectos à conformidade da NR12 – exigida por meio da atualização de documentos específicos que envolvem ações coletivas e administrativas – as empresas, além de se adequarem às exigências, podem evitar penalidades como suspensão de atividades, proibição de participação em licitações públicas e até prisão dos responsáveis, garantindo um ambiente de trabalho produtivo e, acima de tudo, seguro.
Fonte: Eros Viggiano, CEO e fundador da Logypyx
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