A construção civil, um dos pilares do desenvolvimento urbano, também é um dos maiores responsáveis pelos impactos ambientais no Brasil e no mundo. A atividade consome cerca de 40% dos recursos naturais globais e é responsável por 50% dos resíduos sólidos urbanos no Brasil, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Diante deste cenário, é urgente a adoção de práticas sustentáveis para reduzir a degradação ambiental, economizar recursos e melhorar a qualidade de vida nas cidades. A modernização não é apenas uma questão que envolve a conservação da natureza, mas uma estratégia vital para garantir a sustentabilidade econômica e social das cidades. Os impactos ambientais da construção civil são amplos, vão desde o consumo excessivo de recursos naturais até a geração de grandes volumes de resíduos. Um exemplo claro é o uso do cimento, cuja produção emite grandes quantidades de CO₂, um dos principais gases de efeito estufa. Além disso, a extração de materiais como areia e brita provoca muitos danos ao meio ambiente.
Para diminuir esses impactos, é preciso adotar materiais e tecnologias sustentáveis. O concreto reciclado, produzido a partir de resíduos de demolição, é uma alternativa que reduz a extração de novos recursos e o volume de resíduos em aterros. Outro exemplo é o uso de madeiras certificadas, provenientes de florestas manejadas de forma sustentável, o que contribui para a preservação das florestas tropicais. Além dos materiais, as tecnologias de construção modular têm se destacado como uma solução eficiente e sustentável. Essa técnica permite a construção de edifícios a partir de módulos pré-fabricados, o que reduz o tempo de obra, o consumo de energia e a geração de resíduos. A modernização da construção civil também traz vantagens econômicas significativas. Embora o custo inicial de adotar tecnologias sustentáveis possa ser mais alto, o retorno a longo prazo é expressivo. Edifícios construídos com foco na sustentabilidade têm um custo de manutenção até 30% menor e são mais valorizados no mercado imobiliário. De acordo com a McKinsey & Company, o setor da construção pode economizar até 20% em custos operacionais ao adotar práticas mais eficientes e sustentáveis.
A redução do tempo de construção, proporcionada por tecnologias como a construção modular, também gera economia. Obras mais rápidas resultam em menor necessidade de mão de obra e menores custos operacionais. Além disso, a eficiência energética e a redução no consumo de água em edifícios sustentáveis representam uma economia substancial nas contas ao longo dos anos. O impacto social da modernização do setor de construção civil não deve ser subestimado. Obras sustentáveis geram menos poluição sonora e atmosférica, o que melhora a qualidade de vida das comunidades vizinhas. Além disso, ao utilizar materiais não tóxicos e técnicas que priorizam a saúde e segurança dos trabalhadores, o setor contribui diretamente para a melhoria das condições de trabalho. Outro benefício é impulsionar o desenvolvimento de novas habilidades e oportunidades de emprego. Com o avanço das tecnologias verdes, há uma demanda crescente por profissionais qualificados em áreas como eficiência energética, construção modular e gestão de resíduos. Isso não apenas promove o crescimento econômico, mas também prepara a força de trabalho para os desafios do futuro. À medida que a demanda por edificações sustentáveis cresce, o setor da construção civil deve continuar a investir em inovação e tecnologia. A modernização não é apenas uma resposta às pressões ambientais, mas uma oportunidade de transformar o setor em um motor de crescimento sustentável, capaz de melhorar a qualidade de vida nas cidades e contribuir para um futuro mais verde e próspero.
Fonte: Jovem Pan News