O Custo Unitário Básico (CUB) no estado de São Paulo em julho de 2024 é R$ 2.002,49. Calculado pelo SindusCon-SP e pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador teve variação de 0,79% em junho e acumula alta de 2,45% nos últimos 12 meses.
Considerado o índice oficial que demonstra como os custos para construtoras variam ao longo do tempo, o CUB precisa ser obrigatoriamente empregado nos registros de incorporação dos empreendimentos imobiliários. Além disso, trata-se de um indicador importante que afere as flutuações nos preços dos serviços e da mão de obra utilizados no mercado da construção civil.
Em junho de 2024, o CUB teve variação de 0,79% nos custos administrativos (salários dos engenheiros). Já em relação à mão de obra, a variação foi de 1,15%. Nos últimos 12 meses, as alterações acumuladas desses dois indicadores estão em 3,48% e 3,68%, respectivamente.
Considerando os materiais, a alta dos custos observada em junho é de 0,29%, o que faz com que o acumulado em 12 meses seja 0,69%.
De acordo com o SindusCon-SP e com a FGV, em junho, oito insumos tiveram seus custos elevados com índices acima do IGP-M. Com destaque para:
- Bloco de concreto 19x19x39 cm (2,28%)
- Fechadura, tráfego moderado acabamento cromo (1,75%)
- Fio cobre antichama isol. 750 V 2,5 mm² (1,75%)
- Concreto FCK=25Mpa (1,35%)
- Placa cerâmica (azulejo) 15X15cm 1ª linha PEI II (1,28%)
Nos projetos com desoneração da folha de pagamentos, o CUB apresentou variação positiva em junho (0,76%). Nesse grupo, o custo médio da construção paulista está em R$ 1.866,61 por metro quadrado. A porcentagem acumulada em 12 meses se encontra em 2,35%.
VARIAÇÃO DO CUB
Confira, na tabela abaixo, como o CUB de São Paulo variou durante os últimos 12 meses.
Período | Valores | Variação mensal | Acumulado 12 meses |
Junho de 2024 | R$ 2.002,49 | 0,79% | 2,45% |
Maio de 2024 | R$ 1.986,73 | 1,22% | 2,29% |
Abril de 2024 | R$ 1.962,69 | 0,05% | 2,51% |
Março de 2024 | R$ 1.961,78 | 0,10% | 2,76% |
Fevereiro de 2024 | R$ 1.959,87 | 0,10% | 2,47% |
Janeiro de 2024 | R$ 1.957,89 | 0,00% | 2,37% |
Dezembro de 2023 | R$ 1.957,95 | 0,00% | 2,31% |
Novembro de 2023 | R$ 1.957,93 | 0,12% | 2,48% |
Outubro de 2023 | R$ 1.955,60 | -0,05% | 2,51% |
Setembro de 2023 | R$ 1.956,58 | -0,05% | 2,60% |
Agosto de 2023 | R$ 1.957,54 | 0,05% | 2,59% |
Julho de 2023 | R$ 1.956,49 | 0,09% | 2,52% |
VARIAÇÃO DO CUB EM OUTROS ESTADOS
O CUB é calculado regionalmente pelos diferentes Sindicatos da Indústria da Construção Civil, com base nos preços dos produtos e serviços ligados ao setor. Confira, na tabela abaixo, quais foram as variações mais atualizadas em cada um dos estados brasileiros.
Estado | Valores | Variação mensal | Acumulado 12 meses |
Alagoas (AL) | R$ 1.795,39 | 0,21% | 3,89% |
Amazonas (AM) | R$ 2.257,07 | 2,74% | 10,06% |
Bahia (BA) | R$ 1.931,46 | 0,25% | -0,08% |
Ceará (CE) | R$ 1.835,03 | 0,50% | 4,42% |
Distrito Federal (DF) | R$ 2.071,12 | -0,44% | 2,17% |
Espírito Santo (ES) | R$ 2.529,66 | 0,92% | 4,00% |
Goiás (GO) | R$ 2.377,78 | 0,00% | 1,21% |
Maranhão (MA) | R$ 1.673,91 | -0,28% | 3,57% |
Mato Grosso (MT) | R$ 2.858,99 | 3,73% | 7,81% |
Mato Grosso do Sul (MS) | R$ 1.666,83 | -0,03% | 3,39% |
Minas Gerais (MG) | R$ 2.221,72 | 0,24% | 2,97% |
Pará (PA) | R$ 2.012,30 | 0,94% | 3,08% |
Paraíba (PB) | R$ 1.578,22 | -0,02% | 1,72% |
Paraná (PR) | R$ 2.321,66 | 0,26% | 3,93% |
Pernambuco (PE) | R$ 2.018,33 | 0,31% | 4,31% |
Rio de Janeiro (RJ) | R$ 2.205,83 | 0,21% | 3,83% |
Rio Grande do Sul (RS) | R$ 2.450,07 | 0,88% | 2,64% |
Roraima (RO) | R$ 2.002,95 | 2,79% | 6,96% |
Santa Catarina (SC) | R$ 2.793,27 | 0,68% | 1,65% |
Além disso, também há o CUB Brasil — média ponderada nacional calculada para servir como referência para os preços regionais. A atualização mais recente é a de maio de 2024, quando o CUB Brasil ficou em R$ 2.101,68, tendo variado 0,78% em relação a abril e com acumulado de 3,03% em 12 meses.
POR QUE O CUB É IMPORTANTE?
Instituído pela Lei Federal 4.591/64 (artigo 54), o CUB apresenta os valores de referência para a execução de projetos imobiliários por metro quadrado. Cada SindusCon tem até o dia 05 do mês para divulgar a atualização do índice, que auxilia as construtoras durante a estimativa dos principais itens do orçamento. Vale destacar que o indicador apresenta o custo parcial da obra, ou seja, não leva em conta investimentos adicionais como fundações, rebaixamento de lençol freático, equipamentos e instalações, além de outras atividades e serviços complementares.
Fonte: Portal AECweb
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