Emprego na construção cai em novembro

O saldo entre admissões e demissões na indústria da construção em novembro foi negativo em 17.300 empregos, uma queda de 0,65% em relação ao número de empregados no setor em outubro. No acumulado de 2023 até novembro, foram 235.975 novos empregos (+9,75% sobre o contingente de trabalhadores em dezembro de 2022). No acumulado de 12 meses até novembro, a construção gerou 158.773 novos empregos (+6,36%).        

Já o saldo entre admissões e demissões em todos os setores da atividade econômica no país resultou na abertura de 130,3 mil empregos em novembro. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e foram divulgados em 28 de dezembro, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.          

Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, comenta que a queda do emprego na construção não surpreendeu, uma vez que o setor sazonalmente registra mais demissões que admissões em novembro e dezembro devido a pedidos de dispensa pelos trabalhadores, motivados a viajar para as suas regiões de origem.

“O que nos preocupa é a reoneração da folha de pagamentos determinada pelo governo por meio de Medida Provisória para valer a partir de abril. Isso desestimulará o emprego no setor e encarecerá os preços das obras, prejudicando os contratantes, entre os quais o próprio governo, que precisará gastar mais nos programas Minha Casa, Minha Vida, e Aceleração do Crescimento. Esperamos que a MP seja devolvida pelo Congresso ao Executivo, restabelecendo-se a validade da desoneração da folha até 2027”, afirma o presidente do SindusCon-SP. 

Em novembro, a construção foi o segundo setor que fechou mais vagas, atrás da agropecuária (-21.017 trabalhadores) e na frente da indústria (-12.911). Abriram novos postos de trabalho com carteira assinada os setores de serviços (+92.620) e comércio (+88.706). Entre os setores que mais abriram empregos no acumulado de 2023 até novembro, a construção ficou em quarto lugar (235.975 postos gerados), atrás de serviços (1.067.218), do comércio (284.170) e da indústria (238.377), e na frente da agropecuária (88.756).  

Nas atividades imobiliárias do setor de serviços (incorporação imobiliária), foram abertos 331 novos empregos em novembro – aumento de 0,17% na comparação com o número de novos postos de trabalho com carteira assinada em outubro. No acumulado de 2023 até novembro, foram 4.899 (+2,45% sobre o número de dezembro de 2022). No acumulado de 12 meses até outubro, foram 4.872 (+2,63%).        

Estoque 

Ao final de novembro, a construção empregava 2.656.709 trabalhadores com carteira assinada no país, de acordo com o Novo Caged.                

Por Estados 

Das vagas fechadas pela construção em novembro, 2.560 situaram-se no Estado de São Paulo.    

Além de São Paulo, os Estados em que o setor mais fechou empregos no mês foram Minas Gerais (-6.836), Pará (-2.936), Santa Catarina (-1.603), Goiás (-1.466) e Mato Grosso (-1.266). Entre os que abriram novas vagas, destaca-se a Bahia (+1.411).

Fonte: Assessoria de Imprensa

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