Em live, economista destaca confiança do empresário e crescimento do setor

A indústria da construção deve crescer 1,5% em 2023. A expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do setor registrou a terceira queda do ano e reflete o recuo no nível de atividade em julho, de acordo com a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos. Contudo, a geração de empregos e a expectativa dos empresários continuam positivas.

Durante a live CBIC Economia, realizada nesta sexta-feira (18), no perfil da entidade no Instagram, Ieda destacou a pesquisa Sondagem da Construção do mês de julho, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio CBIC, mostrando que o ritmo de atividade do setor está menor desde outubro de 2022. A economista explicou que a taxa de juros ainda em patamar elevado e a queda nos lançamentos imobiliários refletiram nesse menor índice registrado em 2023.

Contudo, os empresários mantêm a expectativa e a confiança positivas para os próximos seis meses, destacou o levantamento apresentado. “Essa expectativa é influenciada pelo ciclo de queda que começa a ser registrado na taxa Selic e pelas novas condições do Minha Casa, Minha Vida, como o aumento do teto e a redução dos juros para o programa. São questões que geram expectativas mais positivas”, disse.


Custo da construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) tem registrado menor variação nos últimos meses. Em julho, a variação foi de 0,10%, confirmando o ritmo de desaceleração. No entanto, Ieda lembrou que, apesar do menor patamar registrado, o custo geral do setor segue elevado. “O setor não consegue suportar mais nenhuma alta de insumos”, alertou.

A queda no preço de alguns insumos do setor tem contribuído com essa menor variação. “Em julho tivemos a terceira queda consecutiva dos materiais da construção, impactando no custo do setor. Apesar disso, quando olhamos desde julho de 2020 até 2023, percebemos que o patamar de custos do setor ainda está muito alto, ou seja, apesar de o custo estar registrando um processo de menor variação, ainda estão distantes do patamar alcançado em julho de 2020, quando começaram os fortes aumentos”, disse.

Geração de empregos

Ieda lembrou o ciclo de produção longo da construção, destacando que as vendas e lançamentos de ontem refletem no emprego de hoje. Segundo ela, desde agosto de 2020, com o ciclo de crescimento no mercado no período, o setor registra saldos positivos mensalmente no mercado formal de trabalho. Atualmente a construção tem quase 2,6 milhões de trabalhadores com carteira assinada, contribuindo para o mercado do trabalho do país se manter ativo. “A construção foi o segundo setor que mais gerou vagas no país de janeiro a julho deste ano, ficando atrás só do segmento de serviços, mostrando a força do setor”, afirmou.

A ação integra o projeto “Inteligência Setorial Estratégica”, realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

Fonte: CBIC

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