Pesquisa revela que, mesmo com fim do isolamento social, brasileiros ainda têm intenção de realizar reformas em suas residências

Há três anos, em virtude do isolamento social, os lares passaram por uma ressignificação e deixaram de ser apenas local de descanso, abarcando outras atividades, como trabalho, estudo, atividades físicas e lazer. Isso fez com que uma parte significativa dos brasileiros fizesse adequações em um ou vários espaços. Essa percepção ampliada se manteve, com 63% dos entrevistados realizando algum tipo de reforma nos últimos 12 meses (ante 68% em 2020), mesmo considerando que 63% trabalham presencialmente e apenas 12% remotamente. É o que mostra a nova edição da pesquisa realizada pela Casa do Construtor – maior rede franqueadora de locação de equipamentos para construção civil e soluções para o dia a dia da América Latina – e a AGP Pesquisas. O estudo entrevistou 600 pessoas, em todas as regiões brasileiras.
Em relação às reformas, 62% responderam que fizeram algum tipo de melhoria. Reparos em virtude de rachaduras, infiltrações, parte elétrica ou quaisquer outros motivos pontuais representam 22% das respostas. Já as intervenções estéticas, como pintura, correspondem a 15% dos entrevistados. Assim como no anterior, o estudo de 2023 traz um raio-X dos cômodos com mais intervenções. O destaque fica com o quarto, por conta da maior diferença: em 2021, o percentual era de 55% e, em 2023, caiu para 42%. Já os espaços que mantiveram o percentual foram banheiro/lavado (44%) e a área de lazer (18%).

Já com relação aos motivos que levaram às obras, em 2023, houve aumento de três pontos percentuais sobre a pandemia ser o impulsionador, passando de 38% para 41% dos casos. As principais razões foram a adequação dos espaços para melhorar a convivência familiar, reparos emergenciais e melhoria de design/embelezamento. Quanto à intenção de futuras obras, nos próximos seis meses, os números deste ano apresentam poucas diferenças em relação a 2021, 69% ante a 70%. Mais uma vez, o banheiro/lavabo se destaca, com 30% das intenções, em 2021, e 35% em 2023. A cozinha fica em segunda posição, com 32% ante 36%.

“Mesmo com o arrefecimento da pandemia, os cuidados com as residências são hábitos que vieram para ficar e continuam em alta. Os motivos e os cômodos alvo variam um pouco, mas identificamos um desejo geral de deixar os espaços mais adequados para uma série de atividades, o que acaba estimulando, não apenas a construção civil, como a demanda por outros mercado associados, como decoração e design”, diz Altino Cristofoletti Junior, CEO e sócio-fundador da Casa do Construtor. O executivo ainda faz uma reflexão em relação às mudanças de prioridade. “Percebemos que houve uma mudança. Em 2021, o quarto foi o local mais reformado, com 55%, ficando a cozinha e o banheiro/lavado empatados, com 44%. Já em 2023, 45% reformaram a cozinha e o percentual de reformas do banheiro/lavado permaneceu o mesmo”.

Outro ponto que chama a atenção é o fato de, no que se refere a pequenos reparos: 52% não possuem qualquer tipo de seguro/assistência ante 45% que possuem.

Efeitos da pandemia – A possibilidade da realização das reformas esbarra em circunstâncias reveladas pelo levantamento. Para mais da metade dos entrevistados, a maior dificuldade é o orçamento, sobretudo para as classes C e D. A dificuldade em contratar mão de obra ocupa a segunda posição.

Os dois aspectos com maior percentual também aparecem no âmbito da resposta à pergunta “Agora pensando em obras e reformas de forma geral, você acredita que a pandemia trouxe impactos ou melhorias?”. Para 62% dos consultados, a pandemia deixou a matéria-prima mais cara. Já 32% reafirmaram a dificuldade em obter mão de obra.

“Para além das grandes obras, o mercado de pequenas e médias reformas se mostra resiliente, o que expressa um desejo latente de aprimoramento e embelezamento dos lares. Um melhor acesso a crédito, juros mais competitivos e menor carga tributária possibilitariam um desenvolvimento ainda maior”, conclui Altino.

Metodologia

A pesquisa foi realizada com 600 pessoas, sendo 49% homens e 51% mulheres das cinco regiões brasileiras, com média de idade de 37 anos. Os respondentes pertencem a todas as classes sociais, sendo 12% da A, 43% da B (B1, 16% e B2, 27%), 38% da C (C1: 22% e C2: 16%) e 7% da D/E, com renda familiar média mensal de R$ 6,2 mil. A maioria atua nos setores de Serviço, Comércio e Indústria e o modelo presencial já voltou a ser a forma mais utilizada. 77% são moradores de casas e 23% residem em apartamentos. A maioria habita imóveis próprios,79%, e os que pagam aluguel correspondem a 18%.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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