O termo responsabilidade social costuma ser atribuído ao trabalho das empresas que desenvolvem atividades que contribuem para melhorar o entorno dos lugares onde atuam. Mas, poucas corporações vão além da mera obrigação legal, investindo e proporcionando aos beneficiados um sentido maior para suas vidas.
É o caso da Orguel, que há 13 anos mantém um projeto para pessoas com deficiências físicas e/ou intelectuais no município de Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Desenvolvido em parceria com a Associação dos Pais e Alunos dos Excepcionais (APAE) local desde 2010 até o final do ano passado, o projeto passou a ser integralmente gerido pela companhia a partir deste ano. São 21 pessoas com deficiências que trabalham meio período por dia realizando atividades de suporte operacional.
Todos os colaboradores da unidade Pedro Leopoldo são contratados em regime CLT e compartilham dos mesmos direitos que os demais colaboradores da companhia, que hoje é um dos principais players do país do ramo de soluções de engenharia para a indústria.
Para a gerente de Gestão de Pessoas da Orguel, Érika Machado, o projeto desenvolvido em Pedro Leopoldo traduz bem o compromisso da companhia com o tema inclusão social. “Esse projeto é transformador pois, além da oportunidade de inserção deles no mercado de trabalho, proporciona senso de responsabilidade aos beneficiados. Por isso procuramos ir além da mera questão legal e apoiamos o desenvolvimento dessas pessoas tanto no aspecto profissional quanto no pessoal, pois também realizamos um apoio às famílias desses colaboradores”, afirma.
Érika destaca que o projeto não se resume ao trabalho dos colaboradores na Unidade Pedro Leopoldo. “Realizamos a integração deles nas outras unidades empresa localizadas na RMBH, com eventos programados. Além dessa prática, também promovemos um programa de inserção interno, conduzido pela analista de RH Rosângela Silva, no qual levamos colaboradores dessas unidades para visitar Pedro Leopoldo, onde todos passam uma manhã interagindo e dividindo experiências de vida e de trabalho”, informa.
Entre as atividades praticadas na Unidade pelos colaboradores estão: recorte de uniformes descartados que são transformados em flanelas para limpeza de peças utilizadas na área de manutenção/produção. Outra atividade que eles realizam é a fixação de parafusos em porcas que serão utilizados nos andaimes produzidos pela companhia e a limpeza de equipamentos alugados que retornam das obras. “São tarefas relativamente simples para a maioria das pessoas, mas que para eles são extremamente importantes e que todos cumprem com muita dedicação e empenho”, afirma Tatiane Martins Teixeira, assistente social que atua diretamente no apoio aos colaboradores em conjunto com o auxiliar Geovane Gama.
Muito mais que um trabalho
Se para a grande maioria das pessoas ter um trabalho consiste em uma obrigação essencial para manter a si mesmo e a família, para os colaboradores da unidade Pedro Leopoldo representa um verdadeiro sentido de vida.
Felipe Augusto Pereira, 29 anos, portador de deficiência intelectual, está no projeto social da Orguel desde o início em 2010. Bastante comunicativo, ele revela que adora trabalhar na Orguel, principalmente pelo convívio com os colegas e com a Tatiane. “Não consigo imaginar minha vida longe daqui”, declara Felipe, que também atua como garçom no período da noite em um dos bares mais tradicionais da cidade. Com as remunerações dos dois trabalhos, Felipe ajuda a pagar as contas de casa e se diverte indo a shows sertanejos.
Outro colaborador que também não consegue pensar em sua vida sem o trabalho na Orguel é Dener Pedro dos Santos, 36 anos, que está na empresa desde o início do projeto. Portador de paralisia cerebral e cadeirante, ele ajuda no sustento da casa e da mãe, de 92 anos. “Eu gosto de todo mundo aqui. No dia que não venho por causa de algum problema de saúde eu fico muito triste”, relata. Fanático pelo “Galo Doido” e muito expansivo, Dener adora contar casos e diz que está ansioso para a inauguração da nova casa do seu time de coração: a Arena MRV que, curiosamente, utilizou, durante sua construção, as soluções de engenharia da Orguel.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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