Durante o painel da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) no 96º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), especialistas se reuniram para discutir os impactos do uso intensivo de máquinas e equipamentos na produtividade das obras. Com o objetivo de debater os ganhos de eficiência proporcionados por essas tecnologias, assim como os custos envolvidos, a pauta abordou os benefícios e equilíbrios que acompanham a adoção de maquinário na construção civil.
O diretor executivo da CLP, Márcio Pimenta, abriu o painel destacando os desafios enfrentados pela indústria no que diz respeito ao tema. Segundo Pimenta, o uso de máquinas e equipamentos pode trazer ganhos expressivos de produtividade. “Mas é fundamental equilibrar esses benefícios com a capacitação da mão de obra e a adaptação às novas tecnologias, a fim de garantir a eficiência operacional”.
Um dos caminhos para resolver os desafios que a construção civil passa em relação às máquinas é trabalhar com a industrialização, defende o professor Ubiraci Espinelli, diretor da Produtime. Espinelli afirmou que a industrialização, por meio da pré-fabricação de componentes e do uso de sistemas construtivos inovadores, pode ser um caminho promissor para aumentar a produtividade das obras. “Além disso, ela permite maior controle de qualidade e redução de desperdícios. Tudo isso é um caminho gradual que precisa sempre ser feito”, explica Espinelli.
Para ele, cada etapa precisa ser vencida com consciência para que o setor tenha ganhos acelerados e mais pontuais. “Por isso precisamos pensar nas máquinas, mas também na capacitação dos trabalhadores, porque só vamos conseguir produzir mais se quem está no canteiro de obras tiver mais conhecimento”, pontua o professor.
Trazendo um case de sucesso, Luiz Elian Júnior, Coordenador Nacional na QuikDeck da Orguel, apresentou a QuickDeck como exemplo de como a utilização de equipamentos pode otimizar os processos em obras de grande porte. Elian ressaltou que a empresa trouxe uma solução inovadora para a construção civil. “Oferecendo um sistema modular que agiliza a montagem de andaimes, reduzindo consideravelmente o tempo e os custos de mão de obra, além de aumentar a segurança dos trabalhadores”.
O Sistema de Acesso Suspenso QuikDeck é uma plataforma para trabalho modulada, com piso totalmente plano, estável e rígido, sustentada por correntes e possui rodapés e guarda-corpos normatizados, com possibilidade de montagem em qualquer formato geométrico.
Compartilhando sua experiência com o setor de máquinas e equipamentos da construção civil, o Marcus Palanca, diretor comercial da Forsa S.A, também esteve presente no debate e trouxe sua visão sobre o assunto. “A utilização de máquinas avançadas, como guindastes e equipamentos de terraplanagem automatizados, permite um aumento significativo na velocidade de execução dos projetos, reduzindo prazos e custos operacionais, além de proporcionar maior segurança aos trabalhadores”.
O 96º Enic foi realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), contou com a parceria da FEICON; o apoio do Sesi e do Senai; e teve o patrocínio da Caixa Econômica Federal, Sebrae, Mútua, Zigurat, Totvs, Mais Controle, CV, Sienge, Orçafascio, Kone, PhD Engenharia, Alto QI, Acate, Brain e Ingevity.
Fonte: CBIC
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