O indicador de confiança do setor imobiliário feito pelo Deloitte com a Abrainc aponta otimismo e crescimento para o setor. O levantamento contou com a participação de 50 construtoras e incorporadoras do setor imobiliário residencial; expectativas quanto a novos lançamentos e novas aquisições continuam no radar da ampla maioria. O índice de vendas de imóveis no 2° trimestre registou alta em relação ao período anterior, superando também os valores do 4° tri de 2020. As expectativas para médio e longo prazos indicam um cenário positivo para todos os segmentos pesquisados (Casa Verde e Amarela (CVA), Médio e Alto Padrão (MAP) e atuantes em ambos) e o o indicador revela que o preço dos imóveis está em alta, tendo um forte aumento nos três segmentos durante o 2° trimestre de 2021.
A nova edição do Indicador de Confiança do setor imobiliário residencial, realizado pela Deloitte em parceria com a ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), traz dados referentes ao 2° trimestre de 2021. O relatório, realizado com 50 empresas, indica um aumento na demanda e, consequentemente, nas vendas, principalmente de imóveis de Alto e Médio Padrão (MAP). Esse crescimento superou as expectativas que os empresários tinham para esse trimestre e mostra uma alta em relação aos resultados do 4° trimestre de 2020. Devido ao cenário atual, os imóveis tiveram também um forte aumento de preços principalmente devido à alta no valor dos insumos da construção e pela queda do juro real (descontado da inflação). As expectativas seguem firmes e otimistas para os próximos meses e a longo prazo também, de acordo com os respondentes.
Para o presidente da ABRAINC, Luiz França, o forte aumento na expectativa de elevação de preços dos imóveis por parte dos empreendedores é um ponto relevante para o setor. “Essa percepção está sendo motivada tanto pelo cenário econômico, considerando os juros reais negativos e as taxas de crédito imobiliário em baixo patamar, como também pela alta de valores dos insumos da construção. Esses fatores sinalizam para uma valorização no preço futuro dos imóveis e abrem uma boa oportunidade para o crescimento mais robusto do mercado”, afirma o dirigente.
O levantamento usa uma metodologia diferenciada para interpretar os resultados e facilitar a leitura entre os trimestres. Desse modo, os percentuais de respostas foram transformados em notas variando de 1 (para forte redução) a 3 (para forte aumento) e cada segmento foi classificado dentro desse padrão. As respostas dos participantes da pesquisa indicaram redução, manutenção ou aumento no segundo trimestre de 2021, em relação ao 1° trimestre do ano, tendo como referência os itens: procura, vendas, expectativas para vendas, preços de imóveis, expectativa para o preço dos imóveis, expectativa para o lançamento de novos empreendimentos e aquisição de terrenos para empreendimentos residenciais nos próximos 3 a 12 meses.
Indicador de confiança do setor imobiliário residencial
“Mesmo com o agravamento da pandemia no começo desse ano, e não tendo sido observada melhora expressiva no setor imobiliário no primeiro trimestre, apenas uma manutenção em relação ao último trimestre de 2020, a recuperação está acontecendo e a expectativa para os próximos 12 meses é positiva. O mercado está aquecendo novamente, melhorando o ânimo das empresas do setor”, destaca Claudia Baggio, sócia-líder de Financial Advisory na prática de Real Estate da Deloitte .
Resultados do 2º trimestre e expectativas:
Procura de imóveis (Nota 2,21 = Aumento). No trimestre anterior o índice era de manutenção, mas otimismo no setor. Nesse segundo trimestre, a visão das empresas continua positiva. A nota geral para a procura de imóveis (CVA+MAP) foi de 2,21; já para o setor Casa Verde e Amarela (CVA) a nota é 2,11, indicando uma manutenção.
Vendas (Nota 2,24 = Aumento). As vendas de imóveis no 2° trimestre desse ano aumentaram em relação ao 1°, sobretudo para imóveis residenciais de médio e alto padrão (2,31); no trimestre anterior, esse setor tinha tido uma leve redução nas vendas. Para os próximos três meses, a expectativa é que os setores MAP e Geral continuem com tendência de aumento e o CVA em manutenção.
Expectativas para vendas (Nota 2,26 = Aumento). De acordo com os respondentes, a visão é positiva e irá acompanhar o crescimento que ocorreu nesse segundo trimestre. Nos próximos três meses, as empresas confiam em um aumento, principalmente em MAP (2,34) e o CVA com uma manutenção (2,17). Para os próximos 12 meses, o relatório mostra uma expectativa de aumento para todos os três segmentos.
Preço de imóveis (Nota 2,70 = Forte Aumento). O preço dos imóveis segue com a tendência de alta, apontando forte aumento no 2° trimestre de 2021. O cenário foi favorecido pela queda dos juros reais (juros descontados da inflação). O setor de Médio e Alto Padrão foi o que mais avançou (2,70)
Expectativa para os preços dos imóveis (Nota 2, 70 = Forte Aumento). O levantamento sondou as expectativas para o 2° trimestre de 2021, que continuará em alta para os próximos 12 meses e para os próximos cinco anos. De acordo com a análise, a visão dos respondentes é de que o setor terá uma forte alta de preços de imóveis em todos os setores nos próximos 12 meses (Nota 2,93 no Geral; 2,95 no MAP; e 2,92 no CVA). A visão para os próximos cinco anos também é positiva (nota 2,97 no MPA).
Expectativa para lançamento de novos empreendimentos. A expectativa para lançamento de empreendimentos nos próximos três a 12 meses segue positiva, passando dos 90% para todos os segmentos.
Expectativa de aquisição de terrenos para empreendimentos residenciais. A expectativa para esse índice nos próximos três a 12 meses continua alta, ultrapassando os resultados do trimestre anterior em alguns segmentos: CVA marcou 85%, enquanto no 1° trimestre foi 79%. Geral marcou 86%, enquanto no 1° trimestre foi 83%.
Metodologia da pesquisa
O indicador de confiança do setor imobiliário residencial do 2º trimestre de 2021, realizado pela Deloitte em parceria com a ABRAINC, contou com a participação de 50 empresas construtoras e incorporadoras do setor imobiliário residencial, divididas nos seguintes segmentos: 30% Casa Verde amarela (CVA), 32% Médio e Alto Padrão (MAP) e 38% atuantes em ambos os segmentos. O levantamento, realizado entre 21 de junho e 4 de julho de 2021, ouviu executivos de alto escalão (C-Level) das companhias participantes.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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